Promovido pelo SINDIHOSPA e realizado pelo Comitê de Faturamento do Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre – o I Seminário de Tendências e Riscos da Saúde no Brasil foi realizado com a presença de cerca de 190 pessoas na última sexta-feira (19/04) na sede da AMRGS em Porto Alegre. O evento, direcionado aos gestores e técnicos das áreas de faturamento, comercial, autorizações e jurídico, reuniu profissionais renomados na área da saúde e de administração hospitalar. Os temas abordados fizeram referência aos rumos da saúde em âmbito regional, nacional e internacional, novos métodos de remuneração e otimização da burocracia operacional.
As palestras, que ocorreram durante todo o dia, iniciou com a apresentação do Superintendente Executivo do Sistema de Saúde Mãe de Deus, Alceu Alves da Silva, que falou sobre a curva de evolução e a visão de futuro do faturamento hospitalar. “O faturamento é uma área altamente especializada. É ele que garante o modelo econômico e a assistência de saúde dentro do hospital. E por isso para que um estabelecimento de saúde seja grande, ele precisa ter um setor de faturamento muito bem estruturado”, afirma.
Em seguida, na apresentação da Versão 3.00.00 do Padrão TISS, Teófilo José Machado Rodrigues - Especialista em Regulação de Saúde Suplementar da Agência Nacional de Saúde (ANS), explicou sobre o funcionamento do TISS e suas peculiaridades, visando a compreensão dos presentes em relação à necessidade da otimização da gestão em saúde. “As informações são essenciais, e por isso, elas precisam ser sistematizadas e analisadas para que possibilitem um adequado planejamento, implementação e avaliação dos resultados esperados subsidiando, quando necessário, o ajuste das estratégias programadas”, afirmou.
A última atividade da manhã, foi realizada pelo professor Ricardo Minotto, diretor Financeiro do Hospital São Lucas da PUC; pelo coordenador jurídico da Confederação Nacional da Saúde – CNS, Alexandre Zanetti; e por um dos membros da diretoria do Conselho Regional de Medicina do RS – CREMERS, Ismael Maguilnik. O tema deste painel abordou formas de reduzir a burocracia operacional. Eles falaram a respeito das dificuldades na elaboração de editais; sobre a relação de confiança entre os hospitais e as operadoras que deve se ocorrer de forma fundamentalmente transparente e contratual; considerando que existe um custo financeiro alto para manter o trabalho burocrático que os funcionários são obrigados a executar. Sendo que dessa forma, muitas vezes, os pacientes gastam mais tempo com a burocracia do que se submetendo a procedimentos e cirurgias.
Na parte da tarde, a sequência das atividades seguiu com palestra que tratou do impacto da TUSS na operação, por meio da apresentação do assessor da Confederação Nacional de Saúde CNS, João Lucena. Ele esclareceu assuntos provenientes de questões relativas ao padrão TISS/TUSS versão 3.00.00, falando a respeito da tabela temporária que permite a criação de um código próprio.
Logo após, o coordenador do GT Relacionamento com Operadoras da Associação Nacional dos Hospitais Privados – ANAHP, Ary Ribeiro, falou a cerca de como os hospitais que atuam na saúde suplementar brasileira devem se preparar em relação aos novos modelos de remuneração dentro da Câmara Técnica da ANS. “Algumas premissas são fundamentais para que mudanças não causem um desequilíbrio com risco de inviabilidade”, esclarece. Sobre o pagamento por performance e desfecho clinico, a gerente técnica da Associação Nacional dos Hospitais Privados - ANAHP, Denise Schout, enfatizou o projeto de melhores práticas. “É responsabilidade dos hospitais investir em gestão da equipe assistencial para que o sistema seja mais viável, garantindo assim uma melhor assistência”, afirma.
Para falar sobre informações estratégicas para a tomada de decisão, o público conferiu as idéias e dicas do Juliano Jorej - Business Intelligence da Controladoria Estratégica do Hospital Mãe de Deus; e Piero Christopher – Analista de Controladoria – do mesmo hospital. Eles falaram sobre maximizar as oportunidades de melhorias na área de faturamento. Ambos afirmaram que a gestão da informação gera a manutenção da integridade do dado e, portanto, a qualificação das atividades. E frisaram também sobre a importância de se utilizar ferramentas de B.I que traz melhorias do poder preditivo estatísticos.
Encerrando o evento, a gerente comercial do Hospital Moinhos de Vento, Diocélia Jungbluth, falou a cerca do case da CMED – Unimed e Prestadores. Ela abordou o fato de que o modelo de sucesso colaborou para a evolução da negociação entre a Unimed Porto Alegre e hospitais. Ela credita o modelo bem sucedido à competência em gestão assistencial, se valendo de uma equipe multiprofissional. “É preciso mais integração das auditorias das operadoras e hospitais para a melhoria e agilidade do fluxo operacional”, diz. Já Paulo Soares, diretor do provimento de saúde - UNIMED Porto Alegre, afirmou que a negociação com os hospitais foi muito bom para ambos, devido à convergência de conceito entre ambos. Ele finaliza dizendo que a intenção da Unimed é acompanhar o crescimento dos hospitais e remunerá-los exatamente o que for recomendado.
Sobre o Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (SINDIHOSPA) - O SINDIHOSPA foi fundado em 12 de novembro de 1962, por proprietários de Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e similares. Apresenta como missão fortalecer os serviços de saúde de Porto Alegre, estimulando a sua competitividade e promovendo a livre iniciativa, a economia de mercado, a integração de empregados e o respeito aos princípios éticos, em cooperação com o governo e a sociedade, visando o desenvolvimento do setor de saúde. Atualmente, o Sindicato é presidido pelo Adm. Leomar Bammann (Hospital São Lucas da PUC), conta como Vice-Presidente o Adm. Alceu Alves da Silva (Sistema de Saúde Mãe de Deus). Acesse aqui o site do SINDIHOSPA.
