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Transtornos comportamentais da infância podem ser carregados para adolescência e vida adulta
 
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10/09/2013

Transtornos comportamentais da infância podem ser carregados para adolescência e vida adulta

Alerta para os pais é não acreditar apenas no medicamento, mas investir em mudança de rotina e limites das crianças

Ao falar em Transtorno de Déficit de atenção e Hiperatividade há muitos anos se pensava exclusivamente em crianças. Porém esses distúrbios podem fazer parte do diagnóstico de um adolescente ou de um adulto, que carregou consigo os sintomas ao longo dos anos. A análise é da médica especializada em pediatria e neurologia, e membro do Comitê de Neuro da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Magda Lahorgue Nunes.

- Hoje em dia esse diagnóstico é feito normalmente em torno de 6 à 7 anos de idade, sendo que alguns casos os sintomas já podem ser percebidos antes. O que é interessante é que antes se pensava que era exclusividade de crianças e percebe-se que agora podem ser observados também na vida adulta - afirma a médica.

Estudos mostram que o Transtorno de Déficit de atenção e Hiperatividade, com base em uma média mundial, possa chegar a 5,5 casos em cada mil crianças, índice considerado alto. Em aproximadamente 4% a 5% dos casos pode persistir na vida adulta. Os sintomas mais comuns são desatenção, atividade motora excessiva e impulsividade. Esses sinais, podem aparecer separadamente ou de forma mista. Por se tratar de características comuns no comportamento infantil, torna o diagnóstico mais difícil.

- Muitas vezes pode acontecer um subdiagnóstico ou um diagnóstico extrapolado dependendo de como se avalia. Outro desafio é que não há um marcador biológico, ou seja, não há um exame clínico que se faça para dizer se é ou não é um transtorno comportamental. Trata-se de uma avaliação baseada em sintomas - completa Magda.

O tratamento é feito à base de medicamentos e manejos que podem ser bem comuns como, por exemplo, colocar a criança mais à frente na sala de aula ou promover o aumento de supervisão. Também é importante avaliar se existe alguma comorbidade porque outros transtornos comportamentais podem ser associados.

- Um alerta é não achar que o medicamento resolve tudo. O tratamento é importante, mas está dentro de um contexto que inclui modificação e auxílio na organização da vida da criança impondo rotina e limites - completa a médica Magda Lahorgue Nunes.

Um dos fatores considerados na avaliação é de que os problemas precisam acontecer em 3 diferentes ambientes sociais. Por exemplo, se só acontece na escola e não ocorre em casa, ou vice-versa, é possível desconfiar que não é uma doença em si, mas sim a ocorrência de fatos isolados

Sobre a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.


Autor: Marcelo Matusiak
Fonte: Play Press
Autor da Foto: Rafael Dias Borges

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