Às 6h10min do dia 3 de outubro, no bloco cirúrgico do Hospital Dom Vicente Scherer, Fábio Rodrigues Gonçalves, 57 anos, morador de Canoas, recebia um novo fígado. Esse foi o milésimo procedimento realizado pela equipe pioneira de transplantes hepáticos do Rio Grande do Sul e da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.
Uma história que começa a ser contada em 16 de junho de 1991 por ocasião do transplante da paciente Marilene da Rosa, hoje com 47 anos, um filho adolescente e vida normal. Este foi o início da trajetória construída pela equipe liderada pelos cirurgiões Guido Cantisani e Maria Lúcia Zanotelli e pelos clínicos Ajácio Brandão e Claudio Augusto Marroni. O núcleo médico que iniciou este trabalho há 22 anos, implantando o primeiro fígado do Estado permanece o mesmo até hoje, tendo incorporado ao longo dos anos outros profissionais, jovens cirurgiões, doutores Eduardo Schlindwein, Ian Leipnitz, Mario Meine, Guillermo Kiss e Juliano Martini e os clínicos Alfeu Fleck Junior e Marcos Mucenic.
No Brasil, esta é a segunda equipe de transplantes de fígado que consegue alcançar um número tão expressivo de procedimentos. Somente na cidade de São Paulo o volume de cirurgias se equipara, na totalidade em uma única equipe.