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SBM/RS na luta contra o câncer de mama
 
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04/07/2014

SBM/RS na luta contra o câncer de mama

Artigo do presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Dr. Rogério Grossmann

O câncer de mama é um tumor maligno muito frequente nos países ocidentais e crescente nas culturas orientais. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, para o ano de 2014, são estimados 57.120 novos casos e cerca de 13 mil mortes no Brasil. O Rio Grande do Sul é o segundo Estado com maior média de incidência, atrás apenas do Rio de Janeiro.

O câncer de mama é responsável por um número estimado de cerca de um terço das mortes em mulheres com idade entre 35-55 anos. Devido a sua frequência e incidência, essa doença esta muito presente nos meios de comunicação.

Características diversas - como sinais e sintomas em conformidade a fatores múltiplos - estão associadas a essa neoplasia maligna. Em geral, o primeiro sinal da doença costuma ser a presença de um nódulo único, não doloroso e endurecido na mama.

Outros sintomas, porém, devem ser considerados, como a deformidade e/ou aumento da mama, a retração da pele ou do mamilo, linfonodos axilares aumentados, vermelhidão, edema, dor e a presença de líquido nos mamilos.

Entre os fatores de risco, encontram-se: idade, histórico familiar, alterações endocrinológicas, aumento de peso e fatores genéticos, alterações histológicas da mama e uso de hormônios.

Mulheres com idade superior 50 anos são mais frequentemente acometidas, lembrando que essa doença pode ocorrer em menor frequência em mulheres jovens.

Histórico pessoal ou familiar está relacionado ao câncer de mama. Mulheres com câncer de mama, ovário e irradiação do tórax apresentam risco maior de doença maligna na mama. Parentes de primeiro grau (mãe, irmã, filha e ou pai com câncer de mama) têm o risco aumentado. Esse risco eleva-se ainda mais se tiver mais de um parente com câncer de mama em idade inferior a 45 anos.

Entre os fatores endocrinológicos, estão os antecedentes de longos períodos menstruais antes dos 12 anos ou que tiveram menopausa após os 55 anos, não ter engravidado ou ter engravidado tardiamente - mulheres que engravidaram pela primeira vez após os 35 anos. Acredita-se que a gestação mais precocemente obriga as glândulas mamárias a se maturarem para a produção de leite, sendo uma forma de proteção futura.

O aumento de peso com depósito de gordura nas regiões periféricas do corpo e sua transformação em hormônio potencializam o risco de aparecimento de câncer de mama.

Mutações genéticas (entre elas, BRCA1 ou BRCA2) estão associadas com um risco aumentado para câncer de mama. Testes para identificar estas mutações já existem, mas não são recomendados de rotina, sendo a sua indicação em casos individualizados.

A utilização de hormônios exógenos - com a reposição hormonal acima de cinco anos - pode ocasionar o aumento significativo de risco para o câncer de mama.

Medidas preventivas através de exames de imagem visam o diagnóstico precoce do câncer e as condutas socioeducativas têm como objetivo a diminuição dos novos casos.

O diagnóstico precoce visa à identificação da doença em sua fase inicial. Programas de rastreamento do câncer de mama têm como objetivo detectar tumores pequenos, quando ainda não há doença em locais distantes da mama.

A detecção do câncer de mama em suas fases iniciais tem significado importante na redução da mortalidade e no aumento da expectativa de vida. Hoje, há um arsenal sofisticado na detecção precoce, coma a mamografia de alta resolução associada a outros métodos - ultrassonografia mamária, ressonância magnética, cintilografia mamária.

A mamografia (MMG) constitui o principal exame de rastreamento para o câncer de mama, com alta sensibilidade e especificidade acima de 80%. Esse método de imagem permite a redução da mortalidade em cerca de 30% entre as mulheres de 40 a 74 anos. Naquelas mais jovens, entretanto, essa redução ocorre, todavia, em porcentagens menores, decorrentes da dificuldade de avaliação das mamas densas, frequentes nesse período etário.

O exame ultrassonográfico (US) é método importante na avaliação de mamas densas e/ou na dificuldade do exame mamográfico em diferenciar nódulos sólidos e císticos. A US mamária é utilizada inicialmente para distinguir massas sólidas de císticas e possibilitar procedimentos minimamente invasivos, como biópsias guiadas. As orientações gerais para esse exame é complementar, não como rastreamento primário de câncer de mama, todavia, é um método importante na complementação e conduta quando há dúvida nos métodos radioiológicos.

Ainda não existem maneiras de prevenir completamente o câncer de mama. Mas o que faz muita diferença na sobrevivência e na redução da morbidade contra a doença é a detecção precoce, pelos métodos de imagem e medidas sociais.

As medidas socioeducativas - com dieta balanceada associada a um cuidado alimentar, que visa o controle sem variações e/ou aumento de peso - têm como objetivo diminuir o número de novos casos. A redução da ingesta de bebida alcoólica juntamente com exercícios físicos regulares de pelo menos 3 horas semanais são formas de redução de novos casos de câncer.

O tratamento para câncer de mama tem tomado um direcionamento mais individual, avaliando a doença do paciente em seu estádio, características do tumor e a sua biologia tumoral.

A cirurgia pode incluir setorectomia (quadrantectomia) - que utiliza a técnica da preservação de parte de tecido mamário - e a mastectomia - que é a retirada total da mama com a preservação ou não da musculatura. Hoje, há a possibilidade de preservação dos linfonodos axilares com a técnica do linfonodo sentinela. Presentes no roll de tratamentos complementares estão: a quimioterapia, hormonioterpia, radioterapia e as terapêuticas monoclonais, que possibilitam a redução significativa de mortalidade dessa doença.


Autor: Dr. Rogério Grossmann
Fonte: Info News

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