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Casos de coqueluche em crianças brasileiras aumentaram 10 vezes em apenas três anos
 
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24/08/2013

Casos de coqueluche em crianças brasileiras aumentaram 10 vezes em apenas três anos

Aproximadamente 75% das contaminações se dão pelos familiares, que não conseguem diagnosticar o problema em si e acabam passando para os pequenos

Em 2012, 83 crianças brasileiras faleceram por causa da coqueluche. Destes casos, 80 eram menores de um ano de idade, quando é considerada a fase de maior risco. No Rio Grande do Sul, ocorreram 10% dos casos (oito óbitos), sendo que dois aconteceram na capital gaúcha. De 2010 a 2013, o número de crianças infectadas aumentou em 10 vezes. Um dos principais destaques da programação da 1ª edição do Congresso Sul-Riograndense de Especialidades Pediátricas, que acontece em Bento Gonçalves (RS), é a vacinação correta para impedir o avanço de doenças respiratórias em recém-nascidos. O evento, que reúne cerca de 200 pediatras gaúchos, é promovido pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.

No Brasil, em 2012, a incidência da doença chegou a 5.500 crianças. No primeiro semestre deste ano, os casos já chegam a aproximadamente 3.000 pequenos. A estratégia correta para prevenir a coqueluche é a vacinação de todas as pessoas que tem contato íntimo com as crianças, principalmente nos primeiros 12 meses de vida. A análise dos casos aponta que 75% das contaminações acontece através de familiares. Por isso, defendem os médicos, que é necessário imunizar pediatras, familiares, cuidadores e babás, a fim de evitar que os adultos contribuam para a transmissão da doença. Esta técnica é conhecida pelos especialistas como "Operação Cocoon", que significa "casulo" em inglês.

- O maior problema é a falta de diagnóstico da doença nos adultos. A coqueluche na criança é típica. Porém, muitos casos do problema em outras fases da vida são tratados como tosse alérgica, bronquite e uma série de outros diagnósticos. Como a doença esteve controlada por muitos anos, o ressurgimento da bactéria e a sua circulação ainda não é bem detectado quando um caso aparece em um consultório de outras especialidades - aponta o médico membro dos comitês de Infectologia e de Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Juarez Cunha.

Não há disponibilidade gratuita de vacinação contra a coqueluche para todos que lidam com crianças, mas Governo Federal oferecerá o benefício para gestantes no decorrer do segundo semestre de 2013. Já é um começo, pois através da placenta é possível transmitir anticorpos nos primeiros meses, quando a criança ainda não está protegida pelas doses. A vacina na infância é disponibilizada em três doses, aos dois, quatro e seis meses de idade.

Outro destaque importante é a iniciativa de capacitar profissionalmente os médicos do interior do estado. O professor da divisão de urologia do Hospital for Sick Children da Universidade de Toronto (Canadá), João Luiz Pippi Salle, é a atração internacional do evento. Durante a programação, o especialista realizou palestras sobre o diagnóstico pré-natal nas malformações do trato urinário e também sobre neonatologia e as anomalias da diferenciação sexual (ADS).

- Eu acho a iniciativa magnífica e muito importante para atualizar e mostrar a necessidade que os médicos em geral devem ter de atuar com base em evidências, com condutas modernas. A população que se beneficia com este aprendizado, pois tudo que está sendo contemplado aqui será transmitido para os pacientes. O número expressivo de especialistas reunidos no Congresso me deixa muito entusiasmado - comemora Pippi Salle.

Foram contemplados ainda, durante a extensa programação, temas importantes para o trato da saúde dos pequenos, como a doença do refluxo gastroesofágico e urgências relacionadas ao abdome agudo cirúrgico. Como confirmar o diagnóstico dessas doenças e quais condutas devem ser adotadas foram apenas alguns dos tópicos elucidados durante a capacitação.

A atividade é realizada durante os dias 23 e 24 de agosto, no Dall’Onder Grande Hotel, situado na Rua Herny Hugo Dreher, 197, em Bento Gonçalves. Informações adicionais sobre o Congresso Sul-Riograndense de Especialidades Pediátricas podem ser obtidas através do site www.especialidadespediatricas.com.br.

Sobre a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica.


Autor: Mariana da Rosa
Fonte: Play Press
Autor da Foto: Rafael Dias Borges

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