A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) deu início nesta segunda-feira, 25, à campanha dos 16 dias de ativismo pelo enfrentamento da violência contra a mulher, data que também marca o Dia Mundial de combate a qualquer tipo de agressão contra a mulher. Na solenidade de abertura da campanha, no Largo Glênio Peres no Centro da Capital, a exposição Sobre a Vida exibiu diferentes formas e olhares de violência contra a mulher. No mesmo local, também aconteceu a performance Vitrine Viva, onde mulheres de diferentes segmentos simularam o desespero e as marcas de violência que elas sofrem, instigando o público a refletir sobre o tema. O evento contou com a presença do vice-prefeito, Sebastião Melo, que afirmou que Porto Alegre é uma das capitais que se empenha no engrentamento à violência contra a mulher. A exposição Sobre a Vida permanece no Centro da Capital até a quarta-feira, 27.
Conforme dados da Casa de Apoio Viva Maria/SMS, uma mulher é violentada a cada 30 minutos em Porto Alegre, no primeiro semestre de 2013 foram registradas 3.532 ameaças à mulheres, 2.566 lesões, 108 estupros e seis estupros seguidos de morte. Para reduzir estes números, a SMS tem por objetivo com a campanha promover e fortalecer os direitos das mulheres a fim de combater as violências físicas e psicológicas, garantido a sua autonomia com seu corpo, sua sexualidade e direito de ir e vir. O propósito é incentivar as mulheres que convivem com a violência doméstica a denunciarem seus companheiros. A campanha visa desenvolver ações de comunicação como folders, busdoors, megabanners, móbiles em unidades de saúde, entre outras atividades voltadas à conscientização dos direitos da mulher, estimulando a igualdade de gênero e a redução de agressões físicas, assédio moral e sexual, e desrespeito.
Mais números da violência – Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil cerca de 5,6 mil mulheres são assassinadas, é um assassinato cada 30 minutos, aproximadamente 70% das mulheres sofrem algum tipo de violência na sua vida. Mulheres de 15 a 44 anos correm mais risco de sofrer estupro e violência doméstica do que câncer, acidentes de carro, guerra e malária.