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Prevenção de desastres naturais depende da mudança de comportamento da população frente ao problema
 
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05/12/2013

Prevenção de desastres naturais depende da mudança de comportamento da população frente ao problema

Ciclo de debates, promovido pela Abes-RS, apontou que inversão da lógica quanto a prevenir riscos, ao invés de apenas remediar danos causados, é fundamental para evitar óbitos e grandes prejuízos

A importância da inversão da lógica de enfrentamento dos desastres naturais, favorecendo a prevenção de riscos, foi o tema norteador do 5º encontro do Ciclo de Debates 2013 - Repensando o desenvolvimento sustentável no Rio Grande do Sul frente às Políticas Públicas. A atividade, promovida pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - Seção Rio Grande do Sul, buscou fazer entender que a resposta eficaz aos desastres é fundamental, mas ainda mais importante, é voltar as políticas para a prevenção dos danos. O investimento em drenagem, nas regiões mais baixas da cidade é um exemplo desta medida. Porém, nada adianta se não há a mudança da consciência popular quanto ao problema.

- A Defesa Civil somos todos nós. Não conseguiremos prevenir riscos no momento que não há percepção desta realidade e que não existir a mudança na conduta das pessoas. Trabalhamos diariamente para mudar este paradigma - aponta o major Bem-Hur Pereira da Silva, da Defesa Civil do Rio Grande do Sul.

As palestras deixaram claro que é indispensável a ação dos governantes para mitigar as chances de óbitos, enchentes e prejuízos que possam ser causados nestes casos. Segundo a Organização de Nações Unidas (ONU), é sete vezes mais caro atuar após a incidência da natureza do que anteriormente, amenizando danos. Por isso, cada município deve ter um plano diretor para prevenção de riscos, de acordo com a maior incidência de efeitos naturais em suas respectivas regiões. A Defesa Civil gaúcha estima que 50% das cidades em território rio-grandense já contam com este planejamento.

É possível cobrar mais e fazer melhores políticas de gestão, de acordo com os palestrantes. É importante investir em obras estruturais, drenagem e outros serviços do âmbito da engenharia civil, no sentido de fazer frente aos problemas de geografia, redes de esgoto, entre outros. Porém, a participação popular é imprescindível para que os alagamentos em grandes cidades (apenas um exemplo entre tantos) parem de ocorrer.

- A participação popular é importantíssima, pois essa mudança de conduta evitaria o agravamento das situações de risco. Sem contar com a população, é como enxugar gelo. Se não forem trabalhadas simultaneamente as questões estruturais e não estruturais, é impossível diminuir os problemas ao mínimo. É necessário mudar a percepção da população quanto ao problema - reforça o professor de Engenharia Civil da UFRGS, Luiz Carlos Pinto da Silva.

A maior ocupação de áreas urbanas, consequentemente, aumentou a exposição das pessoas ao risco. A prevenção é uma agenda do século 21 em todo o território nacional. Porém, Luiz Carlos ressalta que a interconexão de conhecimentos entre esta e outras políticas é outro ingrediente fundamental para obter êxito na missão de evitar danos graves.

- Não faz sentido termos uma politica de gestão de riscos que não converse com a política de planejamento urbano. Se não, eu vou botar conjuntos do Minha Casa e Minha Vida em regiões que vão ser afetadas por desastres mais tarde. Essa combinação de saberes faz imprescindível que busquemos aliados em todas as partes. E a Abes-RS, por sua área de atuação, tem um papel fundamental dentro deste processo - considera o professor.

O 5º encontro com o tema "Política de Prevenção a Desastres Naturais - O estado da arte das políticas públicas" foi realizado na manhã de quarta-feira (04/12), no auditório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Porto Alegre.

Sobre a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

A ABES é uma organização não governamental, fundada em 1966, com o objetivo de desenvolver e aperfeiçoar as atividades relacionadas com a Engenharia Sanitária e Meio Ambiente, e fomentar a consciência social e as ações que atendam às demandas de conservação e melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida da sociedade brasileira. Dispõe de uma sede nacional localizada no Rio de Janeiro com representação nas 27 Unidades da Federação através de suas Seccionais e Sub-Seccionais. A seção estadual do Rio Grande do Sul conta com a presidência de Darci Barnech Campani.


Autor: Rafael Dias Borges
Fonte: Play Press
Autor da Foto: Rafael Dias Borges

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