Existem atualmente no Brasil cerca 220 mil leitos distribuídos em mais de oito mil hospitais. Somente na Capital paulista estão concentrados cerca de 25% dos estabelecimentos de saúde (hospitais, clínicas e consultórios). Em comum todos eles apresentam a mesma necessidade: adequação de tecnologias e infraestrutura.
Arquitetos, técnicos, engenheiros, médicos... Cada profissional responde por uma demanda distinta dentro deste universo. Mas como compatibilizar as necessidades e encontrar soluções efetivas para suprir as carências do setor?
O Engenheiro Clínico é o profissional que reúne as competências necessárias para tal desafio. Novidade no campo profissional, a ocupação já surge como uma grande demanda a ser atendida.
“Ainda que a prioridade total no mercado de trabalho fosse formar engenheiros clínicos seriam necessários cerca de 20 anos para suprir a carência por mão de obra especializada”, enfatiza o Engenheiro Clínico Rodolfo More, da Engebio.
Para chegar ao resultado o especialista considerou a formação de 400 engenheiros clínicos por ano. “O que na prática não acontece, pois a Engenharia Clínica é reconhecida apenas como uma especialidade dentro da Engenharia Biomédica”, destaca o profissional.
Atualmente existem no Brasil pouco mais de 300 engenheiros de formação com especialização em Engenharia Clínica. Além disso, apenas cerca de 6% dos hospitais com mais de 120 leitos contam com este tipo de serviço.
Potencial
Em uma avaliação simplificada, More aponta o potencial promissor da área: “Um hospital de média complexidade, com cerca de 250 leitos consome uma verba de cerca de R$ 70 milhões para ser construído. Para equipá-lo são necessários mais cerca de R$ 35 milhões. Ou seja, é preciso contar com mão de obra preparada para gerenciar as verbas obtendo melhor relação custo X benefício”, salienta.
Além disso, desde 2010 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) indica a necessidade de os estabelecimentos de saúde designarem profissionais habilitados para exercer a função de responsável pela elaboração e implantação do Plano de Gerenciamento de cada tecnologia utilizada na prestação de serviço de saúde.
“E o profissional que melhor se adequa por reunir todas as habilidades exigidas para elaboração de um Plano de Gerenciamento - quando falamos especificamente no que se refere a Equipamentos de Saúde - é o engenheiro clínico”, enfatiza More.
O que faz um engenheiro clínico?
Cabe ao engenheiro clínico responder pela profissionalização da gestão de equipamentos e recursos físicos em ambientes de saúde. Em suma, o profissional precisa cuidar da compatibilização de tecnologias, da especificação técnica, da análise e aquisição de tecnologias, inventário e coordenação de programas de manutenção, além de preparar os profissionais das equipes clínica e técnica para desempenhar todas as funções relacionadas aos equipamentos de saúde com total segurança.
“Além disso, o profissional faz a análise crítica de contratos dos clientes com prestadores de serviço auxiliando em revisões e negociações, além de atuar no gerenciamento de risco, desativação de equipamentos de saúde e planos de gestão de equipamentos”, acrescenta More.
Gestão da infraestrutura (projetos e elaboração de memorial descritivo de obras), gerenciamento de obras, orçamentação, compatibilização de infraestrutura e comissionamento de obra compõem o escopo de atuação do profissional da área.
Atrativo
Além de promissor, o setor também apresenta grande potencial para geração de empregos para profissionais de diversos níveis de formação: técnicos, tecnólogos e engenheiros em geral. Para os técnicos (nível médio) a média salarial inicial é de R$ 1.800,00. Já para os tecnólogos (nível superior) os salários vão de R$ 2.300,00 até R$ 7.000,00. Engenheiros têm a faixa salarial inicial em R$ 3.500,00 e os estagiários da área R$ 1.100,00.
Sobre a Engebio
Em operação desde 2004, a Engebio -
www.engebio.eng.br – oferece soluções para aprimorar, otimizar recursos e viabilizar a implantação de novas tecnologias em hospitais e clínicas. Com total expertise, a empresa assume a gerência sobre todas as atividades ligadas à engenharia clínica em suas mais diversas aplicações.