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Questões mais relevantes para os profissionais que trabalham com reprodução humana assistida
 
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08/06/2011

Questões mais relevantes para os profissionais que trabalham com reprodução humana assistida

Curso em São Paulo fornece noções básicas sobre as causas e o tratamento da infertilidade

Há muito os especialistas em reprodução humana alertam os casais sobre os riscos do adiamento da maternidade. Com mais e mais mulheres, no mundo todo, dedicando-se às suas carreiras, elas e seus parceiros estão deixando a experiência da maternidade e da paternidade para muito além dos trinta e tantos anos. Segundo dados de uma pesquisa do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, as mulheres com 35 anos de idade são seis vezes mais propensas a ter problemas de fertilidade, em comparação com as que tem 25 anos de idade.

Os dados apresentados pela entidade médica dizem que os casais mais velhos, ao adiarem indefinidamente a decisão de ter filhos, estão aumentando o próprio risco de complicações médicas sérias para a mãe e para o bebê. “Com a idade de 40 anos, uma mulher é mais suscetível a um aborto espontâneo do que a dar à luz. Mulheres grávidas na casa dos quarenta anos ​​são muito mais propensas a sofrer complicações, como pré-eclâmpsia, gravidez ectópica ou abortos espontâneos, além de serem mais propensas a precisar de uma cesariana. Os bebês que nascem destas mães são mais propensos a ser prematuros, menores ou a apresentar síndrome de Down e/ou outras doenças genéticas”, afirma o ginecologista, Prof. Dr. Joji Ueno, diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo.

Com o tempo, a fertilidade dos homens também diminui, a partir dos 25 anos. Segundo informações do estudo britâncio, os homens de 40 anos levam, em média, dois anos para conseguir engravidar sua companheira, mesmo quando ela está na casa dos vinte anos.

Retardar ao máximo a gravidez

O relatório é um alerta claro sobre os perigos do adiamento da maternidade. “O documento é muito relevante porque um número crescente de casais está fazendo exatamente essa escolha, sem compreender completamente as conseqüências e os riscos desta opção de vida”, diz o Prof. Dr. Joji Ueno.

O número de mães que dá à luz, depois dos 40 anos, triplicou nos últimos 20 anos, no Reino Unido. Quase 27 mil bebês nasceram de mães com mais de 40, no ano passado, em comparação a 9336, em 1989. Segundo dados do Royal College, até 30% das mulheres com mais de 35 anos de idade demoraram mais de um ano para engravidar, comparado com apenas 5% das que estavam com 25 anos de idade.

As mães tardias são um fenômeno mundial, não apenas inglês. Um quarto das mulheres americanas está optando por engravidar com 35 anos ou mais também. Na última década, a gravidez, depois dos 35 anos, cresceu 84% nos Estados Unidos. Ela é resultado de uma mudança de comportamento que está redesenhando a família no mundo inteiro e também no Brasil. O IBGE revela que o número de mães com mais de 40 anos no Brasil cresceu 27%, entre 1991 e 2000. As que tiveram filhos, pela primeira vez, com idades entre 40 e 49 anos, fazem parte de um segmento populacional com alta escolaridade. “Em 2000, o número de mães mais velhas chegou a 9.063, ou seja, 0,79% da população brasileira. Ainda que em número absolutos este grupo de mães seja pequeno, esse fenômeno é apontado pelo IBGE como uma tendência nos centros urbanos”, afirma Joji Ueno.

Adiar até quando?

Os médicos britâncios alertam que as campanhas governamentais para reduzir a gravidez na adolescência e aumentar a adesão aos métodos contraceptivos pode ter resultado em gerações que acreditam que podem adiar indefinidamente a maternidade e a paternidade.

O membros do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists destacam também que a FIV deu às mulheres uma "falsa sensação de segurança", apesar de grandes avanços nos últimos anos. “Tanto na Europa, quanto nos Estados Unidos e no Brasil, é preciso esclarecer que a taxa de sucesso de um tratamento para infertilidade é de 3% para mulheres acima de 44 anos de idade. E que metade das mulheres com mais de 40 anos necessita de ovodoação, pois os seus próprios óvulos não são mais apropriados à concepção”, conta Joji Ueno.

Por fim, os médicos britânicos defendem também que os riscos do adiamento da maternidade e da paternidade devem ser ensinados nas escolas, nas mesmas aulas que pregam o sexo seguro. Às mulheres devem ser dadas mais informações sobre a imprevisibilidade da gravidez tardia, bem como sobre os problemas que ela acarreta. Muitos pesquisadores sugerem que gráficos, mostrando o declínio da fertilidade, com o aumento da idade, devem ser afixados em clínicas de planejamento familiar.

Conhecer para tratar

Além da idade, vários fatores podem interferir na fertilidade de um casal. “Além dos fatores físicos, nas duas últimas décadas, vem crescendo o número de casais inférteis em decorrência da degradação do meio ambiente e dos maus hábitos da vida moderna. Portanto, diante dessa infinidade de possibilidades, só depois de avaliar os resultados dos exames do casal é que os profissionais que trabalham com Reprodução Humana Assistida poderão dizer, com certeza, o que está impedindo a tão sonhada gravidez – e, assim, indicar o melhor tratamento. Diversas técnicas de fertilização artificial – de baixa e alta complexidades – facilitam a concretização da gravidez, para saber qual a melhor alternativa terapêutica é preciso aprofundar-se e estudar. Para os que se iniciam nesta carreira, o Curso Aspectos Básicos do Laboratório de Reprodução Assistida é uma boa oportunidade para quem busca o aperfeiçoamento profissional”, destaca o diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo.

Informações sobre o Curso:

ASPECTOS BÁSICOS DO LABORATÓRIO DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA

DATA

  • 18 de junho
  • 15 de outubro


HORÁRIO

  • 08:00 às 17:00

CORPO DOCENTE

  • Dra. Luciana Semião Francisco (Biomédica, Mestre em Ciências pela UNIFESP e embriologista da Clínica GERA).

PÚBLICO-ALVO

  • Embriologistas, biomédicos, biólogos, profissionais da área de Análises Clínicas, bem como profissionais afins ou ligados à reprodução humana assistida.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

  • Introdução às práticas do laboratório de reprodução assistida; Espermatogênese/ oogênese; Ciclo menstrual x estimulação ovariana controlada; Causas de infertilidade masculina e feminina; Fertilização in vitro clássica x Injeção intra-citoplasmática de espermatozóides (ICSI); Embriogênese; Mecanismos de seleção embrionária; Transferência de embriões para o útero.

INVESTIMENTO

  • R$ 200,00

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES

GERA-Instituto de Medicina Reprodutiva São Paulo

Rua Peixoto Gomide 515, 1° andar, São Paulo, SP, Brasil

CEP 01409-001

Telefone: 11-32895209

E-mail: instituto@medicinareprodutiva.org

http://medicinareprodutiva.wordpress.com

 


Autor: Márcia Wirth
Fonte: MW -Consultoria de Comunicação

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