Nos dias 12, 13 e 14 de dezembro ocorre, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, o III Simpósio Nacional Trabalho Infantil e Saúde. O objetivo do evento é fortalecer e construir ações efetivas da rede social de proteção à criança e ao adolescente para prevenção e erradicação do trabalho infantil. Serão abertas, em breve, as inscrições para o evento, bem como o envio de trabalhos para exposição.
Os agravos à saúde decorrentes do trabalho infantil são pouco visíveis, na medida em que suas sequelas aparecem somente na vida adulta. Assim, as estatísticas oficiais acabam não retratando a real dimensão do problema, dificultando o desenvolvimento de políticas de saúde que contribuam para a erradicação do trabalho infantil e a proteção do trabalhado adolescente.Tal situação, de base política, socieconômica e cultural, tem-se refletido na saúde física e mental dos jovens, que cada vez mais se afastam da compreensão do significado social do trabalho e ficam potencialmente expostos a riscos ocupacionais graves.
Submeter crianças a longas e penosas tarefas é negar-lhes as horas que poderiam ser destinadas ao seu crescimento físico e intelectual. É, portanto, privá-las das brincadeiras e das oportunidades de estudo prejudicando seu desenvolvimento educacional e biopsicossocial.
Dados do PNAD 2009 (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio) demonstram que 4,3 milhões de crianças e adolescentes encontram-se em situação de trabalho no Brasil. Do total de jovens trabalhando, cerca de 80% (3,5 milhões) têm entre 14 e 17 anos. Mas ainda há um contingente de crianças que têm de 5 a 13 anos - e que não poderiam trabalhar de forma alguma - sendo utilizadas como força de mão de obra.
Confira a programação do evento aqui e saiba como participar.