A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) recruta voluntários para desenvolver pesquisas e estudos em diversas áreas, como zumbido no ouvido, obesidade na adolescência e fibromialgia. Para participar, o paciente precisa entrar em contato com os responsáveis pelas pesquisas.
Em busca de novos caminhos para o tratamento de doenças e pelo avanço da medicina, a Unifesp realiza cerca de mil pesquisas todos os anos. Atualmente, mais de 500 estão em andamento. O aposentado Gaetano Duarte, 76 anos, é um dos pacientes da pesquisa sobre zumbido. No Brasil, 28 milhões de pessoas convivem 24 horas com um barulho insuportável. “É tipo uma panela de pressão”, diz Duarte.
A neurocientista Maura Laureano explica que o zumbido pode atrapalhar o sono. “A pessoa que tem zumbido pode ficar mais ansiosa, maior índice de depressão, irritabilidade, falta de concentração. Distúrbio do sono também". O zumbido é causado principalmente pela perda de audição, mas o colesterol alto, diabetes, sal, açúcar, cigarro e cafeína em excesso também ajudam a desencadear a chiadeira.
Maria Aparecida Emerick, 68 anos, faz parte do grupo de 25 voluntários que recebem sessões de agulhas para diminuir os sintomas. “Ela equilibra as alterações enérgicas do paciente e são essas alterações que causam o sintoma, no caso dela o zumbido”, diz o pesquisador Ector Onishi.
A natação é testada como ferramenta que pode combater a fibromialgia, doença que causa fortes dores em todo o corpo. “A dor é como se tivesse umas agulhas nas costas, trapézio”, diz a contadora Inês Pereira.
Cada pesquisa precisa de voluntários diferentes (veja a lista aqui). Cada paciente recebe um termo de consentimento livre e esclarecido que explica tudo o que acontecerá com a pessoa. No Brasil, os voluntários não ganham dinheiro para participar do estudo. Quem se inscreve, antes de ser aprovado passa por triagem de exames clínicos, entrevista e questionário.