Estudo americano afirma que cerca de 90 mil pessoas morrem anualmente nos Estados Unidos vítimas de erros na saúde. Esse número é superior ao de mortes causadas pela Aids, pelo câncer de mama e até mesmo pelos acidentes automotivos. No Brasil, embora este assunto ainda seja tabu, as poucas estatísticas registradas confirmam a realidade. Reduzir ao máximo a possibilidade de erros em um ambiente de saúde é o foco do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente.
Milhares de pessoas morrem todos os anos em hospitais pelo mundo vítimas de erros e falhas na assistência. Erros na dispensação e administração de medicamentos, infecções hospitalares, atraso no tratamento de doenças graves e complicações e erros em procedimentos cirúrgicos são as causas mais frequentes. Transformar esta realidade é o grande objetivo do Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP), que realiza o Curso Intermediário de Gerenciamento de Risco e Segurança do Paciente, dias 21 e 22 de julho, em São Paulo, no Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital Sírio-Libanês.
No estudo Errar é Humano (To Err is Human), o Instituto de Medicina dos Estados Unidos (Institute of Medicine) afirma que cerca de 90 mil pessoas morrem todos os anos vítimas de falhas na assistência à saúde, número que supera o de mortes por Aids e câncer de mama naquele país. Também foi possível identificar que este serviço tem qualidade inferior ao prestado pela aviação civil e pela indústria. Prova disso é a estatística assustadora divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano passado: a probabilidade de um indivíduo morrer em um acidente de avião é na proporção de 1 para cada 10 milhões. Já na saúde, 1 em cada 10 pessoas é afetada por um erro médico.
É comum a imprensa brasileira notificar erros cometidos por profissionais da saúde que causam danos aos pacientes. Para o IBSP, métodos punitivos em nada reduzem a recorrência de falhas e danos na assistência à saúde. É preciso se antecipar ao erro com técnicas e métodos que reduzam ou eliminem a chance da ocorrência de danos e mortes relacionadas a falhas na assistência médico-hospitalar. “Profissionais da saúde não vão ao trabalho para causar danos aos pacientes. Erros ocorrem porque pressupomos que seres humanos não cometem falhas, e acabamos construindo sistemas propensos a elas”, explica o médico infectologista José Ribamar Carvalho Branco Filho, diretor do IBSP e um dos palestrantes do curso.
Para o médico, a gestão da segurança precisa ser um processo incorporado às rotinas hospitalares. Ele explica que nenhum gerenciamento de risco assistencial é eficaz se a instituição não for capaz de olhar suas falhas com clareza e isenção, sem juízo de valor, entendendo que em sua maioria, as falhas e os erros não são por culpa isolada de uma pessoa, mas sim um problema sistêmico que envolve os processos sobre os quais a instituição se apoia. “A assistência à saúde só pode ser eficaz e efetiva com a participação de todos os profissionais envolvidos no cuidado ao paciente. Entender o erro é a única forma de construir processos seguros”, defende Branco.
Com esta afirmativa, o curso do IBSP é dirigido a líderes e gestores de serviços de saúde, médicos, enfermeiros e demais profissionais da área e o seu objetivo é o de apresentar e discutir os conceitos e as ferramentas de gestão de risco que envolve a segurança do paciente.
O programa do curso envolve assuntos como os cenários nacional e internacional da segurança do paciente, a importância do fator humano, acreditação hospitalar, ferramentas de identificação de eventos adversos, classificação internacional para a segurança do paciente, auditoria clínica, segurança no uso de medicamentos e como abordar eventos adversos com o paciente e seus familiares.
Ao término do curso, o profissional estará capacitado para descrever conceitos de segurança do paciente e gerenciamento de risco, conhecer a fundo a Teoria do Erro Humano, correlacionar acreditação hospitalar com a segurança do paciente, classificar a gravidade dos eventos adversos, além de planejar e estruturar o processo de comunicação de eventos adversos.
Com carga horária de 18 horas, o curso acontece na sede do Instituto de Ensina e Pesquisa (IEP) do Hospital Sírio-Libanês, dias 21 e 22 de julho. O IEP fica na Rua Coronel Nicolau dos Santos, 69, Bela Vista, em São Paulo.
É possível obter mais informações ou efetuar a inscrição por meio do site do IBSP, que é www.segurancadopaciente.com.br, pelo telefone (11) 3392-5169 ou e-mail relacionamento@segurancadopaciente.com.br .
Serviço
Curso Intermediário de Gerenciamento de Risco e Segurança do Paciente
Data: 21 e 22 de julho de 2012
Local: Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital Sírio-Libanês
Rua Coronel Nicolau dos Santos, 69 - Bela Vista - São Paulo SP
Horário: dia 21 (sábado) das 8h às 18h | dia 22 (domingo) das 8h às 16h.
Investimento: R$ 720,00 (incluso almoços)
Informações/Inscrições: relacionamento@segurancadopaciente.com.br | (11) 3392-5169
Site: www.segurancadopaciente.com.br