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Autismo é reclassificado e deve contemplar cerca de 1,5 milhão de pessoas no Brasil
 
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17/06/2013

Autismo é reclassificado e deve contemplar cerca de 1,5 milhão de pessoas no Brasil

6º Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria apresenta os novos critérios para seu diagnóstico, que agora deve afetar uma em cada 88 crianças no mundo

O segundo dia do 6º Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria foi marcado pela desmitificação dos transtornos comportamentais nos pequenos. O mais cercado de dúvidas é o autismo, que agora é um termo que não existe mais. O correto é a classificação "Transtorno do Espectro Autista", de acordo com a recente publicação da 5ª edição do Manual de Classificação de Doenças Mentais da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-V). De acordo os critérios da publicação, uma em cada 88 crianças está dentro do espectro autista. Sendo assim, em comparação com a população infantil brasileira, os índices apontam para aproximadamente 1,5 milhão de pessoas.

- A razão pela qual a gente fala em espectro é porque ao invés de se falar em total ausência de comunicação, nós estamos falando em dificuldades na qualidade de socialização e comunicação. Se nós pensamos neste aspecto o transtorno do espectro autista, na realidade, é um problema de saúde pública mundial - explicou o palestrante Carlos Gadia, atuante nos Estados Unidos há mais de 20 anos e associado ao Dan Marino Center, um centro de referência em avaliação global e tratamento de crianças com necessidades especiais.

Esse transtorno se caracteriza por dois déficits básicos: deficiências de comunicação e socialização e comportamentos repetidos e estereotipados. Os pais quase sempre são os primeiros a identificar o problema, que se queixam por mudanças nos hábitos dos filhos.

- O papel do pediatra é estar alerta. Sabemos que quando mais precoces as intervenções forem, melhor o prognostico para estas crianças. Escutar aos pais é fundamental, pois muitas vezes estamos ocupados com outros problemas que levaram o paciente ao consultório e não percebemos a falta de socialização - aponta Gadia.

Em caso de dúvida, a orientação para os pais é não esperar. Procurar auxílio é fundamental, pois as intervenções, realizadas nos campos da fonoaudiologia, linguagem, comunicação não verbal e comportamento, podem reverter este quadro.

A infectologia foi outro tema que ocupou parte da programação do Congresso nesta sexta-feira. Entre as novidades apresentadas pelos médicos estão mudanças em calendário e sistemas de vacinação que trazem boas notícias para a sociedade.
Um exemplo é a alteração na data da tríplice viral que era uma primeira dose com um ano e o Ministério da Saúde antecipou a segunda dose para um ano e três meses.

- O mais importante é o motivo que levou a essa alteração que foi a incorporação de uma nova vacina que é a da Catapora. É uma doença própria da infância, mas que ocorre em outras idades também e nestes casos, até com mais gravidade do que em crianças. Pode ter suas complicações, inclusive com óbito e é prudente que seja incluído no calendário para que seja feita gratuitamente à população - comentou o médico membro dos comitês de Infectologia e de Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Juarez Cunha.

Outra novidade é a recomendação da Organização Mundial de Saúde para fazer a vacina da febre amarela em dose única. Até hoje a orientação é repetir a imunização de 10 em 10 anos, mas já está em discussão a mudança no esquema vacinal que vai exigir alteração no sistema de saúde.

O 6º Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria é realizado no Centro de Eventos da PUCRS, até o dia 15 de junho. No sábado, os pediatras estarão reunidos em debates que envolvem a pneumologia, otorrinolaringologia, novas tecnologias e neonatologia. Além disso, Carlos Gadia retorna com mais uma palestra, desta vez para contemplar a importância do diagnóstico precoce do autismo.

Sobre a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul foi fundada em 25 de junho de 1936 com o nome de Sociedade de Pediatria e Puericultura do Rio Grande do Sul pelo Prof. Raul Moreira e um grupo de médicos precursores da formação pediátrica no Estado. A entidade cresceu e se desenvolveu com o espírito de seus idealizadores, que, preocupados com os avanços da área médica e da própria especialidade, uniram esforços na construção de uma entidade que congregasse os colegas que a cada ano se multiplicavam no atendimento específico da população infantil. Atualmente conta com cerca de 1.750 sócios, e se constitui em orgulho para a classe médica brasileira e, em especial, para a família pediátrica. 


Autor: Rafael Dias Borges e Marcelo Matusiak
Fonte: PlayPress Assessoria de Imprensa

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