Em um cenário fictício o paciente é submetido a um exame com injeção de contraste e em seguida ele começa a sentir falta de ar e tontura. O médico radiologista é chamado e a partir daquele exato instante, tudo que fizer nos primeiros minutos pode ser decisivo para sobrevida e para que o paciente não venha ter sequelas futuras. O exemplo foi vivido através de um exercício de simulação realizado durante o Curso de Assistência à Vida (AVR), ao longo da sexta-feira (29/06).
- Toda diferença do atendimento está nos primeiros 3 a 5 minutos, não só do que é feito, mas também do que deixa de ser feito. O primeiro atendimento é crucial para sobrevivência, por exemplo, de um paciente em parada cardíaca para que ele sobreviva para que não venha a ter sequelas futuras - explicou o médico cardiologista Diretor do programa de prevenção da Morte Súbita da Sociedade de Cardiologia do RS, Marcelo Rava de Campos.
O índice de complicações no serviço de radiologia por meio de contraste é pequeno. No entanto, o treinamento é fundamental para que o médico radiologista tenha o conhecimento de procedimentos iniciais que são importantes para o atendimento de urgência.
- É preciso primeiro analisar o cenário e saber identificar que a pessoa ficou desmaiada, que ela não respira adequadamente, ficou sem pulso, não tem circulação e a partir daí desencadear uma série de atos para desenvolver a melhor forma de atendimento. É importante solicitar um desfibrilador e uma equipe de suporte para poder executar o atendimento - completa Marcelo.
O objetivo do curso é preparar os médicos para atuação em situações inesperadas e que exigem o pronto-atendimento. Durante o turno da manhã, foi feita uma introdução teórica de contrastes, reações adversas, riscos e prevenção. No turno da tarde o grupo se concentrou na aula prática dividida em Suporte Básico, Vias Aéreas e Suporte Avançado.
O Curso AVR foi promovido pela Associação Gaúcha de Radiologia em parceria com o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR). As aulas foram ministradas pelo diretor cultura do CBR, Ademar José de Oliveira Paes Junior e pelos médicos Gaston Garcia, Lucas Petersen e Marcelo Rava Campos. A coordenação foi de Simone Valduga.
A atividade Pré-Congresso fez parte da programação da Jornada Gaúcha de Radiologia, que acontece sábado (29/06) e domingo (30/06) em Porto Alegre. O tema do evento em 2013, será o papel da radiologia na detecção precoce e seguimento de pacientes oncológicos.
Sobre a Associação Gaúcha de Radiologia
A Associação Gaúcha de Radiologia, filiada ao Colégio Brasileiro de Radiologia, é uma entidade científica que congrega médicos radiologistas do Rio Grande do Sul, que utilizam radiações ionizantes ou outras formas de energia, para fins de diagnóstico e tratamento. Seu objetivo principal é promover, aprovar e incentivar o aperfeiçoamento dos médicos radiologistas, nos campos científico, ético e social. A Associação Gaúcha de Radiologia é a representante maior no Estado do Rio Grande do Sul, dos médicos que trabalham com métodos de imagem. Sua área de abrangência engloba radiodiagnóstico, radioterapia, ultrassonografia, tomografia computadorizada, medicina nuclear, ressonância magnética, densitometria, mamografia e radiologia vascular e intervencionista.