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Vacina em estudo pode prevenir infecções gastrintestinais graves
 
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12/08/2014

Vacina em estudo pode prevenir infecções gastrintestinais graves

Pessoas hospitalizadas tratadas com antibióticos e idosos em casas de repouso são mais suscetíveis à doença

O Serviço de Gastroenterologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) está realizando pesquisa para avaliar segurança, resposta imunológica e eficácia de uma vacina destinada à prevenção da infecção por Clostridium difficile (C. difficile). A bactéria, causadora de doenças intestinais, pode levar ao óbito. O risco relacionado aumenta com a idade, com o tratamento com antibióticos e o tempo de permanência em hospitais e ou casas de repouso, onde o aparecimento de vários casos pode dar lugar a surtos. O objetivo da vacina, desenvolvida em parceria com a Sanofi Pasteur, é ajudar a proteger as pessoas em situação de risco a não contrair o C. difficile, uma bactéria que globalmente se mantém como causa de uma infecção comumente associada aos cuidados de saúde.

O trabalho incluirá 15.000 adultos, em 200 centros de estudo, de 17 países, inclusive o Brasil. Segundo o coordenador nacional do estudo, Carlos Fernando Francesconi, chefe do Serviço de Gastroenterologia do HCPA, apesar de a doença não ser muito conhecida pela população, a situação é potencialmente grave e há evidências de um aumento progressivo da infecção por Clostridium difficile. “Toda pessoa que estiver sendo medicada com antibiótico e apresentar episódios de diarreia por dois a três dias, deve procurar um médico. Os sintomas também podem aparecer mesmo 40 dias após o término do antibiótico”, comenta o médico.

Os números da infecção por Clostridium difficile


As toxinas do Clostridium difficile provocam doenças gastrointestinais que podem ocasionar a morte de 8 % a 15 % dos infectados. Entre 20% e 30% dos pacientes têm recorrência da infecção, o que envolve hospitalizações frequentes e permanências prolongadas nas instituições de saúde. Os dados combinados dos Estados Unidos (EUA) e da União Europeia (UE) indicam que os sistemas de saúde gastam mais de sete bilhões de dólares anuais em cuidados intensivos para o tratamento da doença.

Na América Latina, embora a disponibilidade de dados não seja tão ampla quanto nos Estados Unidos e na Europa, existem informações relatadas por alguns países que ilustram o impacto da infecção por C. difficile. No Peru, segundo informações do Hospital Terciario Cayetano Heredia, 3,7% da diarreia hospitalar é causada por C. difficile e em cada 1000 internações 12,9 são diagnosticadas como C. difficile. Em relação a esse último dado, a Argentina informa que, entre os anos 2000 e 2005, essa infecção foi diagnosticada em 3,7 a 8,4 de cada 1000 internações hospitalares. No Brasil, entre os anos 2006 e 2009, em cada 1000 internações hospitalares foram registradas infecções por C. difficile em 1,8 a 5,5 delas.

A vacina foi criada para provocar uma resposta imune dirigida às toxinas geradas pela bactéria C. difficile, que podem causar a inflamação do intestino e provocar diarreia. Em última instância, ela pode ajudar a prevenir uma infecção.

Sobre o C. difficile

O Clostridium difficile é uma bactéria formadora de esporos que causa doenças intestinais. O risco relacionado ao C. difficile aumenta com a idade, com o tratamento com antibióticos e com o tempo de permanência em hospitais ou casas de repouso, onde o aparecimento de vários casos pode favorecer surtos. Uma das principais fontes de C. difficile são os pacientes infectados, que liberam esporos no ambiente que, posteriormente, podem infectar outros pacientes. Quando os antibióticos alteram a flora intestinal normal e uma pessoa ingere esporos, a bactéria começa a se multiplicar e libera toxinas potentes que podem produzir lesões no revestimento (epitélio) intestinal do paciente e causar a doença.

Voluntários para pesquisa

O estudo realizado no Clínicas recruta voluntários com as seguintes características: pessoas com 50 anos ou mais que possuam uma cirurgia programada (não necessariamente no HCPA) e que necessitem de hospitalização com internação de três dias para realização do procedimento cirúrgico. A participação na pesquisa é isenta de custos. Interessados devem entrar em contato com Laura pelo telefone (51) 3359.8974 ou pelo e-mail: gastropesquisa@gmail.com.


Autor: Redação
Fonte: HCPA

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