Um drone carregando um desfibrilador e equipado com artefatos que podem reduzir o tempo que a vítima de ataque cardíaco recebe socorro. Esse foi o objetivo da criação do protótipo desenvolvido por um engenheiro holandês para fazer o que uma ambulância convencional não pode. Para abordar o tema "Parada Cardiorrespiratória: do Drone até a recuperação completa", o Hospital Moinhos de Vento e a Johns Hopkins Medicine International realizam dia 29 de setembro, às 12h15, mais uma edição do Grand Round.

O protótipo, que está em testes e ainda não é utilizado em nenhuma instituição brasileira, é capaz de voar em velocidades de até 100 Km/h, aumentando significativamente a chance de recuperação dessas vítimas. Irrestrita pelo tráfego e estradas, o drone pode chegar ao local mais rápido do que uma ambulância. Equipado com áudio livestream e conexão de vídeo, o equipamento permitirá que os profissionais médicos forneçam instruções para as pessoas no local, vendo a situação através da webcam e explicando os passos do tratamento – incluindo como usar o desfibrilador.

A palestra será ministrada por Manoel Canesin, professor adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Londrina e coordenador do curso de Treinamento de Emergências Cardiovasculares da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O especialista falará sobre diversos aspectos relacionados à parada cardiorrespiratória (PCR): desde medidas para antecipar sua ocorrência, podendo preveni-la, até o atendimento do paciente.

Durante o painel, também serão apresentadas as recomendações mais recentes sobre o que fazer após o retorno da circulação espontânea, de modo a evitar sequelas neurológicas e garantir que a pessoa volte ao convívio social. “O atendimento com uso de equipamentos tecnológicos pode não fazer diferença nas taxas de mortalidade e morbidade se não estivermos garantindo outros cuidados técnicos e clínicos que são prioridade, desde o cuidado pré-hospitalar até a unidade pós-PCR,” destaca.

No Brasil, são registrados cerca de 200 mil casos de paradas cardiorrespiratórias por ano, o que significa em torno de 550 por dia. Em locais estruturados para o atendimento, o número de pessoas que sobrevivem a esses episódios pode chegar a até 60%.

Confira o vídeo de demonstração do drone: 

Serviço

O quê: Grand Round "Parada Cardiorrespiratória: do Drone até a recuperação completa".
Quando: 29 de setembro (terça-feira), às 12h15.
Onde: Anfiteatro Schwester Hilda Sturm (Rua Ramiro Barcelos, 910, Bloco C, 4º andar).
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.iepmoinhos.com.br/eventos.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3537-8735.