No próximo domingo, 24, das 10h às 17h, técnicos da Secretaria Municipal de Saúde estarão no Brique da Redenção prestando esclarecimentos à população sobre a Hanseníase. Em caso de chuva, a atividade será cancelada. Ano passado, foram registrados 19 casos da doença em Porto Alegre, número que acompanha a média registrada na última década, que é de 20 casos por ano. Apesar da baixa incidência, a hanseníase é a principal causa de incapacidade física permanente dentre as doenças infecto-contagiosas.

A atividade se dará em função do Dia Mundial de Combate à Hanseníase (31 de janeiro), que acontece em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde. No parque Farroupilha, a população receberá informações sobre os sintomas e a importância do diagnóstico e tratamento precoces. “Queremos chamar a atenção da população para que olhe para o seu corpo e fique atenta à mancha dormente que não coça e não dói. Este é estágio inicial da doença que tem cura e deve ser avaliada pelo médico da unidade de saúde mais próxima de sua residência”, explica a chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Crônicas, da Vigilância em Saúde do município, Patrícia Wiederkehr.

O tratamento da doença - Manifesta-se através de lesões na pele e perda de sensibilidade. O tratamento é ambulatorial, e todos os medicamentos são disponibilizados pela rede pública de saúde. Para evitar o avanço da doença, o Programa de Controle da Hanseníase realiza trabalho permanente de atualização dos profissionais da rede básica, busca novos casos e faz avaliação dos familiares de doentes e, principalmente, divulgação dos sinais da doença. “A hanseníase pode se manifestar também na forma neural, com sintomas muito parecidos com crises de reumatismo”, explica Patrícia.

Capacitação - Porto Alegre tem sido o município que mais capacita as equipes em Hanseníase em função de sua característica de concentrar de 20 a 25% dos casos do estado. Dos 189 registrados em 2008, 46 foram notificados em Porto Alegre.

O que é a Hanseníase - É uma doença infecciosa, crônica, transmitida pelo bacilo de Hansen ou Mycobacterium leprae, através da respiração de uma pessoa doente que não esteja em tratamento. Tem evolução lenta e se manifesta através de lesões de pele com alteração de sensibilidade e comprometimento de nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés.