Realidade virtual, parecida com o videogame e muito útil. Os avanços da tecnologia cada vez mais ajudam no desenvolvimento da medicina. No entanto, o rápido surgimento de novas técnicas e aparelhos impõe aos profissionais da saúde a necessidade constante de se manterem atualizados. De olho nessa realidade, a Johnson & Johnson inaugurou, no dia 27/01, o Medical Innovation Institute, localizado no Butantã, na Zona Oeste de São Paulo.
O instituto, o primeiro do gênero da empresa na América Latina, irá treinar gratuitamente profissionais da saúde em procedimentos de diagnósticos e avançadas técnicas de cirurgia. "Queremos fomentar o tratamento médico de ponta, contribuindo para os avanços da saúde na América Latina", afirma Regina Navarro, diretora-presidente da Johnson & Johnson Medical Brasil.
O Medical Innovation Institute está equipado com máquinas e aparelhos de alta tecnologia. As instalações de 4,5 mil metros quadrados possuem uma sala de cirurgia integrada (com comunicação por videoconferência), três salas de cirurgia com dois conjuntos laparoscópicos de alta definição (usados para eliminar a necessidade de abrir o corpo do paciente na cirurgia) em cada sala e uma sala especial com seis sistemas de simulação em realidade virtual.
A Johnson & Johnson pretende treinar em 2010 cerca de 4 mil profissionais no Medical Innovation Institutute. Entretanto, no futuro, este número pode passar para a capacidade máxima do instituto, de 7 mil por ano.
A necessidade de se manter atualizado é reconhecida pelos trabalhadores do setor. Pesquisa realizada pelo Instituto das Américas, da Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, e patrocinada pela Johnson & Johnson, mostra que 98% dos profissionais de saúde latino-americanos consideram o treinamento constante como "muito importante" ou "importante".
Mesmo sendo visto como prioritários, os entrevistados afirmaram que estão insatisfeitos com a oferta de cursos na América Latina. Quase 41% afirmam que a oferta de treinamento na América Latina é "muito insatisfatória" ou "insatisfatória" comparada a dos Estados Unidos. Quando a comparação é feita com os países da Europa, o percentual cai para 33%.