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Falta planejamento e visão de futuro para a saúde no Brasil
 
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24/03/2010

Falta planejamento e visão de futuro para a saúde no Brasil

Discussões como essas, que afetam toda a cadeia da saúde, estão na pauta da 15ª edição do Congresso Latino-Americano de Serviços de Saúde, que acontece de 25 a 27 de maio, em São Paulo

Qual o sistema de saúde que queremos ter em 10 anos: único, suplementar ou complementar? Quais os critérios para se priorizar ações de saúde diante de orçamentos restritos? É desejo da sociedade uma maior interação entre os setores público e privado? Como estruturar o sistema para que ele possa atender ao interesse coletivo e respeitar a vontade individual? Apesar de desejável, a universalidade é viável?

Essas perguntas sem respostas, essa ausência de visão de futuro, funcionam como bombas-relógios que impossibilitam um melhor planejamento para o sistema de saúde no Brasil. Essa é a opinião do médico especialista em economia da Saúde e coordenador Científico do 15º Congresso Latino-Americano de Serviços de Saúde, Marcos Bosi Ferraz. "Decisões difíceis terão de ser assumidas para que o Brasil construa um sistema de saúde sério, pujante e que atenda às necessidades da maioria. Dizer não em saúde é muito duro, mas precisamos sustentar isso com a melhor evidência e conhecimento disponíveis. O sistema precisa ser mais eficiente para entregar mais saúde".

Na busca dessa eficiência, o papel das parcerias público-privadas que já acontecem no país, na transferência de conhecimento de gestão do privado para o público, merecem destaque. Marcos Ferraz faz, porém, uma ressalva: "Temos que ser capazes de mensurar esse ganho, mas para isso precisamos de indicadores. E eles ainda não existem". Ele faz uma comparação entre a saúde e os setores da aviação e navegação. "Quem entra num avião ou transatlântico, não questiona que eles têm um painel de indicadores muito bom. Não afirmo que isso não exista nos hospitais, mas seguramente a qualidade, relevância e o uso desses indicadores para orientar as decisões ainda estão, quando comparados à aviação ou à navegação, muito aquém do que poderia ser".

A ausência de indicadores "confiáveis, justos e que atendam os objetivos, não sob perspectivas particulares, mas da sociedade", é o que dificulta, também, a mudança do modelo de remuneração no setor suplementar, na opinião de Marcos Ferraz. Atualmente, discute-se como introduzir um pagamento por performance e/ou desempenho no setor. Para Ferraz, é preciso que se caracterize, primeiramente, o que é desempenho. "Que conceito daremos a ele? Desempenho para quem e em que tempo?", questiona. Na opinião do diretor do CPES, do ponto de vista conceitual a discussão faz todo sentido, mas ainda há um caminho longo e complexo pela frente.

A falta de visão de futuro também afeta o setor suplementar. "A base regulatória está centrada no indivíduo ativo e trabalhador. Quando a pessoa se aposenta ou perde o emprego, momentos bastante vulneráveis, ela passa a ser potencial usuária do SUS. Num país que envelhece rapidamente, como o Brasil, isso é crítico. O modelo de mutualismo existente necessita da contribuição de todos independentemente da faixa etária. E isso não acontece. Não há estímulo para que o jovem ingresse espontaneamente no sistema suplementar".

Discussões como essas, que afetam toda a cadeia da saúde, estão na pauta da 15ª edição do Congresso Latino-Americano de Serviços de Saúde, que acontece de 25 a 27 de maio, no Centro de Convenções do Expo Center Norte, em São Paulo, com promoção da CNS, FENAESS, SINDHOSP e Hospitalar Feira + Fórum. Informações e inscrições no www.classaude.com.br. Vagas limitadas.


Autor: Ana Paula Barbulho
Fonte: Coordenadora de Comunicação ClasSaúde

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