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Especialistas analisam relação entre trabalho e estresse
 
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22/06/2010

Especialistas analisam relação entre trabalho e estresse

Evento acontece entre hoje e quinta na Capital

Movidos a reconhecimento, homens e mulheres se estressam e adoecem quando veem que seus esforços não foram percebidos da forma como esperavam. E não apenas no ambiente profissional.

O desequilíbrio entre esforço e recompensa, objeto de estudo do sociólogo Johannes Siegrist e tema de congresso que começa hoje em Porto Alegre, é apontado como um dos principais desencadeadores de estresse na atualidade.

Um dos mais premiados pesquisadores na área do estresse, o suíço Siegrist concluiu após 20 anos de pesquisas que os trabalhadores que se sentem mal remunerados ou não reconhecidos pelo chefe têm duas vezes mais chance de sofrer de males como estresse, ansiedade, depressão e até infarto.

Professor de sociologia médica e diretor do curso de pós-graduação em saúde pública da Universidade de Düsseldorf, na Alemanha, Siegrist afirma que os prejuízos decorrentes do desequilíbrio entre esforço e reconhecimento também podem ser observados em outros aspectos da vida, como a relação familiar, conjugal e escolar:

– Apesar de o estudo ser voltado para o ambiente de trabalho, incluindo atividades voluntárias, a relação entre esforço e recompensa está no dia a dia, em qualquer relação interpessoal.

Embora ainda seja subdimensionada por grande parte dos gestores, a necessidade de recompensa é um dos fatores mais valorizados mundialmente. A psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association (Isma-BR) e coordenadora do 10° Congresso de Stress da entidade, que ocorre até quinta-feira no Hotel Plaza São Rafael, na Capital, avalia que ignorar a importância da recompensa traz prejuízos.

– A falta de valorização afeta a autoestima da pessoa, fazendo com que ela se torne o passivo agressivo. Também afeta a autoconfiança, a fazendo se sentir incompetente. Definitivamente, afeta o nível de motivação e satisfação – analisa.

Em alguns casos, a depressão se torna a evolução do estresse gerado pela falta de motivação no trabalho e nas relações pessoais. Ana Maria argumenta que o prejuízo ocorre tanto do lado da pessoa quanto da empresa. O funcionário tende a adoecer. Já para a empresa, o resultado é a falta de qualidade, erros e o surgimento do presenteísmo, quando o funcionário está presente fisicamente, mas emocionalmente distante.

Nem sempre tensão é negativa

Para fugir do mal moderno chamado estresse, especialistas orientam que as pessoas devem reservar tempo para atividades que consideram prazerosas. Mas nem sempre o estresse é negativo. O psiquiatra Sergio Cutin, membro da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, afirma que alguns contratempos servem para mostrar novos rumos e deixar uma lição.

– Nem sempre o estresse tem essa conotação negativa. Tudo vai depender da intensidade com que a pessoa sente a situação vivida. É isso que vai determinar se o fato vai fazer com que a pessoa repense atitudes ou vai evoluir ao nível de uma doença – avalia.

Cinco alternativas

1 Pratique exercícios físicos

- Para evitar o estresse, participe de atividades ligadas à saúde. Faça exercícios físicos, corra, caminhe, movimente-se.

- Além disso, alimente-se com comidas naturais e evite o consumo de bebidas alcoólicas e drogas.

- As atividades físicas ajudam a esquecer as preocupações diárias e ainda fazem bem à saúde, pois inibem as reações adversas causadas pelo estresse, como a perda de energia.

- A sensação de bem-estar gerada pelos exercícios será transmitida pelo cérebro para todos os órgãos do corpo.

2 Desacelere

- Faça menos coisas, assuma menos responsabilidades no dia a dia. Na vida corrida de hoje, as pessoas se ocupam além do ideal, o que gera uma sobrecarga. É importante identificar as fontes de estresse e fugir delas.

- Algumas vezes, a pessoa não consegue identificar de onde vem o estresse, o desconforto. Normalmente, provém da vida atribulada, do excesso de compromissos. O corpo precisa de descanso para recarregar energias.

3 Reserve momentos para o lazer

- As pessoas precisam se ocupar de atividades fora de sua rotina entre o trabalho e a casa, como dedicar-se a um hobby, a um trabalho voluntário ou sair com amigos. O ideal é ter um momento semanal ou diário, dependendo da possibilidade, para fazer algo de que se gosta.

- Algumas pessoas deixam de lado atividades das quais gostam por falta de tempo ou para economizar dinheiro. A orientação é realizar esses desejos, para que funcionem como uma válvula de escape. Ignorá-los pode significar doenças no futuro.

4 Não deixe tudo para a última hora

- Resolver problemas no prazo limite é grande fonte de estresse. O hábito brasileiro de deixar tudo para a última hora deve ser evitado com a programação das tarefas e compromissos.

- A palavra é organização, para que cada pessoa saiba seu tempo livre e a possibilidade de realizar ou não determinada atividade. É preciso, entretanto, não generalizar. Alterar completamente a rotina para fugir do estresse pode desencadeá-lo.

5 Tenha alguém em quem confiar

- Contra o estresse, é importante ter boas relações afetivas, ter alguém em quem confiar e que possa ajudar em caso de um problema mais sério. As pessoas precisam de confidentes, para que desabafem suas preocupações ou simplesmente conversem. Claro que não deve confiar em qualquer um, mas também não é preciso se isolar.

Calcule o nível de ansiedade

Pense no seu dia a dia e responda aos itens abaixo. Some e depois veja o resultado ao lado:

1) Tenho a tendência de me fixar no lado negativo das coisas.

(1) Raramente

(2) Às vezes

(3) Frequentemente

2) Sinto-me constantemente sob pressão.

(1) Raramente

(2) Às vezes

(3) Frequentemente

3) Não tenho reconhecimento das pessoas que me são caras.

(1) Raramente

(2) Às vezes

(3) Frequentemente

4) Deixo que expectativas dos outros definam meus objetivos de vida.

(1) Raramente

(2) Às vezes

(3) Frequentemente

5) Adoeço com frequência.

(1) Raramente

(2) Às vezes

(3) Frequentemente

6) Minha vida sexual é mais uma tarefa a cumprir.

(1) Raramente

(2) Às vezes

(3) Frequentemente

7) Não tenho prazer em fazer as coisas de que gosto.

(1) Raramente

(2) Às vezes

(3) Frequentemente

8) Uso medicamento ou bebida alcoólica para relaxar.

(1) Raramente

(2) Às vezes

(3) Frequentemente

9) Sinto que estou sempre correndo contra o tempo.

(1) Raramente

(2) Às vezes

(3) Frequentemente

10) Estou insatisfeito com minha vida pessoal.

(1) Raramente

(2) Às vezes

(3) Frequentemente

Estressômetro

Acima de 21 pontos: PARE!

As pressões estão prejudicando sua qualidade de vida. Considere o que é realmente importante para você e se organize para atingir seus objetivos. Se necessário, busque ajuda profissional.

De 13 a 21 pontos: CUIDADO!

Elimine as pressões autoimpostas e reavalie suas perdas e ganhos. Transforme as dificuldades em desafios e mantenha um estilo de vida saudável. Concentre-se nas suas prioridades.

Até 12 pontos: PARABÉNS!

Você está lidando bem com suas demandas e pressões, seja por não se sentir muito exigido no momento ou por ter estratégias eficientes para gerenciá-las.


Autor: Maicon Bock
Fonte: Zero Hora

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