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Prisão de ventre atinge cerca de 29 milhões de brasileiros e pode indicar problemas mais sérios
 
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23/09/2010

Prisão de ventre atinge cerca de 29 milhões de brasileiros e pode indicar problemas mais sérios

A doença possui inúmeras causas e pode ser indício de problemas graves como o câncer de intestino

Muito mais comum do que se imagina, a prisão de ventre ou constipação intestinal é um mal que atinge aproximadamente 15% da população brasileira, cerca de 29 milhões de pessoas, sendo mais freqüente do que a cefaléia e a sinusite. Tamanha prevalência é preocupante, pois a doença pode ser um indício de problemas mais graves, como o câncer de intestino, por exemplo.

De acordo com o Dr. Evandro Pinheiro, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, as definições denominadas Roma III, fruto de uma reunião de especialistas em aparelho digestivo do mundo todo para diagnosticar corretamente a doença, são as mais indicadas para apontar o indivíduo que possui a constipação intestinal. Esse estudo explica que a prisão de ventre ocorre quando pelo menos dois ou mais sintomas são contínuos ou recorrentes nos últimos seis meses, durante pelo menos 12 semanas. São eles: baixa frequência de evacuação (menos de três evacuações por semana); dificuldade evacuatória; fezes retidas e pequena quantidade de fezes; esforço aumentado em mais de 25% das defecações; fezes grumosas ou endurecidas em 25% das defecações; sensação de evacuação incompleta em mais de 25% das defecações; sensação de obstrução ou bloqueio anorretal em mais de 25%; e manobras manuais, digitais ou apoio para facilitar a defecação.

De acordo com um estudo populacional, a média do homem brasileiro é de cinco evacuações semanais, já a mulher evacua com menos frequência: três vezes na semana. Na verdade, é considerado um hábito normal evacuar de uma a três vezes ao dia ou a cada dois ou três dias, desde que as fezes sejam expelidas em quantidade e consistência normais. Logo após defecar, não deve haver sensação de desconforto, de quem não eliminou todo o bolo fecal.

Há inúmeras causas para a prisão de ventre, sendo que as mais comuns são as comportamentais, relacionadas a hábitos de vida inadequados como dieta pobre em fibras solúveis (encontradas na aveia, feijão, lentilhas, ervilhas e muitas frutas) e insolúveis (comuns no pão integral, cereais matinais integrais, bolachas e torradas, arroz integral, farelo de trigo e aveia), baixa ingestão de líquidos, sedentarismo, desobediência ao reflexo evacuatório e posição inadequada no momento da evacuação.

Algumas doenças e até o uso de medicamentos também podem ser a causa. A constipação pode ser adquirida em função de patologias colorretais como a fissura retal, hemorróidas trombosadas, abscessos, doenças inflamatórias, câncer de intestino, cirurgias, prolapsos, endometriose, entre outras.

Algumas doenças neurológicas também podem causar a prisão de ventre como o Mal de Parkinson ou AVC - Acidente Vascular Cerebral. Outras são: trauma, doença de Chagas, diabetes melitus, hipertensão arterial, hipotiroidismo etc. Mulheres grávidas também estão mais propensas a desenvolver prisão de ventre, pois a presença do feto comprime o intestino e prejudica nos movimentos característicos da expulsão das fezes.

Entre os medicamentos que prejudicam o funcionamento do intestino estão anestésicos, opiáceos, anticonvulsivantes, anti-ácidos (composto de cálcio e alumínio), relaxantes musculares, anti-histamínicos, contraceptivos orais, psicotrópicos, entre outros. "No histórico clínico é preciso verificar o medicamento que o paciente está tomando. Para o diagnóstico correto, é muito importante o médico pesquisar todas as causas possíveis", comenta.

A constipação também pode ocorrer em função de algumas doenças psicogênicas como ansiedade, depressão, anorexia, bulimia, distúrbios do sono, sem contar algumas pessoas que sofreram ou sofrem agressões sexuais (trauma psicogênico, de dor etc.).

Vontade de "ir ao banheiro"? Não deixe para depois!

O Dr. Evandro indica como uma das formas para prevenir a prisão de ventre, não ignorar o reflexo evacuatório, para evitar que o intestino fique preguiçoso e assim, haja uma maior absorção de água pelo órgão e mais fezes ressecadas e endurecidas. "Caso a pessoa tenha algum problema em evacuar no trabalho ou em outro lugar, o melhor é se educar e elaborar uma rotina evacuatória pela manhã, onde o reflexo é mais forte e se está em casa, em um lugar calmo, onde normalmente se sente mais segura e possui todas as condições de higiene disponíveis", afirma.

Segundo o Dr. Evandro, a posição de cócoras seria a mais adequada. "As antigas latrinas seriam mais indicada que os vasos sanitários atuais, pois permitiam a angulação correta para saída das fezes. Hoje, o melhor a fazer é se colocar em um ângulo em que o joelho fique em uma posição levemente acima da bacia, com os pés bem apoiados no chão", explica.

Outra dica do médico é não ler enquanto se está evacuando. "São desaconselháveis leituras infindáveis durante a evacuação, primeiro porque a pessoa fica mais tempo sentada fazendo pressão. E, como todo reflexo, é preciso estar concentrado e qualquer coisa que esteja lendo pode distrair e prejudicar o momento evacuatório", afirma.

Pessoas que fazem uso de medicamentos de uso contínuo, causadores da prisão de ventre, podem utilizar laxante para melhorar os sintomas, sempre com acompanhamento médico, pois o uso rotineiro pode levar a lesões no intestino, principalmente se o laxante for de característica "irritante".

Para evitar os sintomas, lembre-se:

- tenha dieta adequada, rica em verduras, legumes e cereais;
- pratique atividades físicas;
- ingira bastante líquido;
- crie uma rotina evacuatória;
- procure sempre um médico para avaliar os sintomas.

Sobre o Hospital 9 de Julho

Fundado em 1955, em São Paulo, o Hospital 9 de Julho tornou-se referência em medicina de alta complexidade e tem focado seus investimentos no atendimento de traumas e na criação de Centros de Especialidades (Oncologia, Dor e Neurocirurgia Funcional, Gastro, Coluna, Rim e Medicina do Exercício e do Esporte).

Com cerca de 1,5 mil colaboradores e 3,8 mil médicos cadastrados, o complexo hospitalar possui 285 leitos, sendo 60 leitos nas Unidades de Terapia Intensiva, especialistas em procedimentos de alta complexidade, além de um Centro Cirúrgico com capacidade para até 14 cirurgias simultâneas.

Wesite www.hospital9dejulho.com.br
Blog www.pordentrodo9dejulho.com.br


Autor: Hospial Nove de Julho
Fonte: RMA Comunicação

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