A Rede de Pesquisa em Câncer Estados Unidos-América Latina está fazendo o seu encontro este ano no Rio de Janeiro. De hoje (10) até sexta-feira (12), os especialistas que integram a rede vão discutir questões ligadas à doença.

A rede de pesquisa foi criada há dois anos pelos Estados Unidos e por cinco países latino-americanos (Brasil, Argentina, Chile, México e Uruguai) com o objetivo de investigar o perfil molecular de um tipo específico de câncer de mama na população latino-americana, o chamado triplo-negativo. Dentre os tumores de mama existentes, esse é o menos frequente e o mais grave.

”A partir do momento que uma mulher está identificada com um determinado tipo específico de câncer de mama, elas vão participar de uma investigação que vai definir o perfil molecular dos tumores”, disse o diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Luiz Antônio Santini.

Santini disse ainda que existem, pelo menos, mais cinco tipos de câncer de mama reconhecidos atualmente de acordo com o perfil genético e os exames patológicos. Segundo ele, a obesidade, a falta de atividade física e o tabagismo são alguns dos fatores de risco, além da propensão genética para incidência da doença, que é responsável no país, por cerca de 11 mil mortes por ano.

Segundo o diretor-geral do Inca, o Brasil tem uma média de 46 casos por 100 mil habitantes e no Rio de Janeiro o índice é maior: a cada 100 mil habitantes são registrados aproximadamente 70 casos.