Estatísticas mundiais a respeito da infertilidade mostram que mais ou menos 15% dos casais que desejam engravidar apresentam algum tipo de problema de infertilidade. Durante muito tempo, os problemas para engravidar foram exclusivamente atribuídos às mulheres e só recentemente passaram a fazer parte do universo masculino.

“Atualmente, porém, a conduta preconizada por todas as sociedades médicas é encaminhar o casal para uma avaliação conjunta. A dificuldade para engravidar pode estar tanto num, quanto no outro, ou nos dois. Estudos mostram que a varicocele, processos infecciosos e disfunções hormonais são causas reversíveis de infertilidade masculina. Entretanto, ninguém sabe explicar os casos de infertilidade idiopática ou de infertilidade sem causa aparente, pois, apesar do casal preencher as condições necessárias para a gravidez, ela não acontece”, afirma o  Prof. Dr. Joji Ueno, diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo.

O que já sabemos, hoje, com certeza, é que a infertilidade masculina não significa a impossibilidade definitiva de ter filhos, depois que surgiram a inseminação artificial, a fertilização in vitro e a ICSI. “Por isto, um diagnóstico bem feito é fundamental para a escolha do método terapêutico mais indicado para cada casal”, defende Joji Ueno.

Importância da análise seminal

Em relação à infertilidade masculina, o espermograma é o ponto de partida da investigação dos fatores masculinos de infertilidade. “Mas o exame não revela se a dificuldade para engravidar está na interação do óvulo com o espermatozóide, nem serve para diagnosticar a infertilidade sem causa aparente”, observa Joji Ueno.

Por isto, para tratar a infertilidade masculina é muito importante começar pelo diagnóstico correto. “O espermograma é um exame cuja precisão depende muito de como foi feita a coleta do esperma. Muitos indivíduos ficam ansiosos na hora de colher o material,  não conseguem ejacular adequadamente e o resultado altera-se bastante. Para evitar conclusões equivocadas, pede-se que se repita o exame num laboratório que ofereça boas condições de coleta para ver se a alteração de fato existe. Se existir, torna-se necessário investigar sua causa”, esclarece o diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa em Medicina Reprodutiva de São Paulo.

“Os dois cursos que programamos para este ano serão baseados na importância do espermograma como instrumento de diagnóstico da infertilidade masculina, utilizando como base os novos parâmetros de normalidade seminal definidos pela Organização Mundial da Saúde.  A qualidade do exame poderá determinar a estratégia terapêutica correta a ser adotada.  O espermograma  pode revelar parâmetros normais equivocados, que podem ser a causa dos casais tentarem, ano, sem sucesso, engravidar”, diz Joji Ueno.

Informações sobre o Curso:

Análise e processamento seminal
1 ª turma: 18 e 19 de fevereiro
2ª turma: 19 e 20 de agosto

Local: GERA-Instituto de Medicina Reprodutiva São Paulo

Horário: 09:00 às 18:00

Corpo docente: Dr. Moacir Netto Ladeira (Biomédico, especialista em Reprodução Humana pelo CRBM e diretor do BIOGENECS).

Público-alvo: Embriologistas, biomédicos, biólogos, profissionais da área de Análises Clínicas, bem como profissionais afins ou ligados à reprodução humana assistida.

Conteúdo programático: Gametogênese; Estrutura laboratorial; Análise e processamento seminal para a realização das técnicas de reprodução assistida. Curso predominantemente prático.

Investimento:  R$ 900,00 para biólogos, biomédicos e demais profissionais. R$ 1.200,00 para médicos

Informações e inscrições:

GERA-Instituto de Medicina Reprodutiva São Paulo
Rua Peixoto Gomide 515, 1° andar, São Paulo, SP, Brasil
CEP 01409-001
Telefone: 11-32895209
E-mail: instituto@medicinareprodutiva.org
http://medicinareprodutiva.wordpress.com