Depois de duas acreditações, Hospital 9 de Julho quer agora o selo da JCI

Cerca de 900 profissionais de enfermagem, 1,5 mil funcionários, 4 mil médicos cadastrados, centro cirúrgico com 14 salas, 310 leitos, sendo 70 de UTI, 1,4 mil cirurgias/mês e 8 mil atendimentos/mês no Pronto-Socorro. Os números do Hospital 9 de Julho (SP) revelam a missão de um hospital geral, clínico e cirúrgico, com foco na excelência do atendimento, eficiência operacional e alta resolutividade. A qualidade e segurança, o trabalho em equipe, o comprometimento e foco no resultado estão entre os valores da instituição, que depois de obter duas acreditações, uma nacional e uma internacional, parte em busca no selo dourado da Joint Commission International (JCI), representado no Brasil exclusivamente pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA).

“A JCI é uma complementação que possibilita o preenchimento de algumas lacunas. Entendemos que a JCI nos ajuda a ter um refinamento de alguns processos que já tínhamos, só que podemos tê-los mais estruturado”, avalia Luiz De Luca, diretor-presidente da instituição. Segundo ele, a diferenciação desta metodologia para as demais está na evidência da documentação. “O próprio CBA nos cobra uma demanda em relação ao processo da JCI, ou seja, que tenhamos mais registros dos processos, que todas as fases relativas à assistência do paciente estejam documentadas, visando dar mais segurança. Essa é a maior diferença: da estruturação e dos registros de todos os processos que visam à qualidade e a segurança do paciente”, enfatiza.

Líder nato, De Luca diz que, independente da acreditação, a preocupação com a qualidade e segurança do paciente está no DNA do 9 de Julho: “O que buscamos é trazer para dentro da instituição a conscientização da gestão de saúde a longo prazo. Nossa missão é envolver os médicos e todos os prestadores com este trabalho.” Embora a tarefa seja complexa, o diretor do hospital é daqueles que vê nas dificuldades, uma chance para novas oportunidades. Para ele, que atua como gestor hospitalar há 6 anos, todo empenho na busca constante da qualidade é válido quando é percebido pelo paciente, pelo médico e pela operadora de saúde. “Não é o selo que vai mostrar a qualidade percebida. O que é válido é o fato da JCI, uma empresa externa e de reputação internacional, analisar e validar o guideline da qualidade e segurança do paciente do 9 de Julho”, diz categoricamente.

Embora goste desse reconhecimento, o diretor do hospital revela que não explora as acreditações do 9 de Julho na mídia: “Não fazemos propaganda em revistas especializadas nem de massa. Nossa técnica é fazer o paciente, nosso médico e a fonte pagadora perceberem o nosso diferencial. A JCI traz isso pra nós. É um passaporte que abre a porta de entrada para referências de mercado internacional.”

Para obter a acreditação internacional da JCI, a equipe do hospital segue as recomendações do CBA: trabalhar em times e por capítulos do manual. De Luca conta que o trabalho agora é transcrever os processos, elaborar a documentação formal desses processos, checar as não-conformidades e criar ações corretivas. Ele estima que até o final do ano, o hospital já esteja pronto para receber a visita final dos avaliadores do CBA/JCI.

Mesmo estando em busca do selo de acreditação internacional da JCI, Luiz De Luca já planeja novos passos: “Numa segunda etapa, vamos em busca da acreditação de especialidades médicas”, adianta.

Dal Ben quer acreditação JCI até junho

Obter reconhecimento nacional por meio de certificação internacional de qualidade em assistência domiciliar até junho de 2011. Este é o comprometimento da Dal Ben Home Care, descrito no site da empresa. Para saber como essa meta será alcançada, leia a entrevista do diretor executivo da Dal Ben, Diego Dotoli Bento.

CBA - O que motivou a busca pela Acreditação Internacional?

Diego - O Padrão de Nível Internacional contempla aspectos mundiais de qualidade na área da saúde, o que é de suma importância para a Dal Ben. Iniciamos o trabalho de divulgação sobre a acreditação em 2008 e em 2010, adentramos o processo junto com a CBA-JCI para a aplicação da metodologia, mudança na infraestrutura, treinamento e educação de toda nossa equipe.

CBA - Por que a Dal Ben optou pela Acreditação da JCI?

Diego - Com a metodologia aplicada pela JCI, entendemos que é possível ajustar todos os processos relacionados com o atendimento, qualidade, conforto e segurança do paciente no domícilio.

CBA - “Única, como carinho de família”. Esse é o slogan da Dal Ben, que reforça seu compromisso em oferecer um atendimento diferenciado aos seus pacientes e familiares. Até que ponto a acreditação internacional pode contribuir para isso?

Diego - A Acreditação irá contribuir para o crescimento da nossa proximidade com nossos pacientes e seus familiares, promovendo um atendimento mais qualificado e seguro. Com o aperfeiçoamento de protocolos e procedimentos, haverá melhora na comunicação entre as equipes multidisciplinares, diminuindo os riscos de não conformidades e aprimorando a nossa qualidade.

CBA - Como missão, a Dal Ben prima pela harmonia da relação com seus colaboradores, médicos e equipe multiprofissional. Como está sendo a adesão desses profissionais ao processo de Acreditação?

Diego - Criamos campanhas internas de conscientização e orientação, além de treinamentos que estão sendo realizados com os colaboradores internos e reuniões periódicas com toda equipe multidisciplinar. Nossa intenção é a de mobilizar a todos sobre a sua importância no processo como um todo e, assim, vencermos esse desafio.

CBA - Normalmente, o processo de Acreditação tem eco com a criação de um grupo facilitador. Como se deu essa etapa na Dal Ben?

Diego - O grupo facilitador foi definido por departamentos para que todas as áreas conheçam e participem do processo de forma uniforme: Financeiro, Marketing, T.I, Enfermagem, Farmácia, RH, Compras, Atendimento, Comercial, Educação Continuada, Qualidade e Diretoria, os quais são representados pelos nossos gestores que são fundamentais na implantação da Acreditação.

CBA - A direção da empresa definiu como visão, a obtenção do reconhecimento nacional por meio de certificação internacional de qualidade em assistência domiciliar até junho de 2011. Como está acontecendo à revisão de processos para o cumprimento dessa meta?

Diego - O mais importante é acreditar nos colaboradores, para que eles possam propagar as políticas, criar programas e planos internos e disseminar, com clareza, a metodologia do manual da JCI para todos os envolvidos no processo. E nesta relação estão inclusos desde pacientes, familiares até a alta Gestão da empresa.

CBA - A circulação e transparência de informações são fundamentais para o bom andamento do processo de Acreditação. Foram criados alguns documentos ou canais para gestão de informação?

Diego - Alem das reuniões periódicas com os grupos, informativos e reformulação do site, foi criado um ‘news’ interno, que tem o objetivo de disseminar informações entre os colaboradores. Utilizamos também o canal ‘intranet’ que serve para centralizarmos informações, indicadores, políticas, normas e procedimentos de forma clara, objetiva e acessível a todos os colaboradores.

CBA - O que a conquista da Acreditação trará de benefício para o paciente/cliente da Dal Ben?

Diego - A certeza de que os direitos e necessidades dos pacientes e familiares serão respeitados através de processos, documentos e protocolos, assegurando a qualidade, segurança e o conforto na assistência domiciliar.

CBA - Quais as expectativas da direção da empresa com a adoção da metodologia JCI, em termos de imagem institucional e posicionamento mercadológico?

Diego – Institucionalmente, a fortificação da marca com um selo de renome Internacional como o da JCI. No posicionamento de mercado, o reforço dos nossos diferenciais de qualidade.