“Faça o que digo, não faça o que faço” é um daqueles ditados que devem passar longe dos pais que tentam criar hábitos saudáveis para alimentação de seus filhos. De acordo com Maria Isabel Correia, nutróloga e professora do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, não adianta passar orientações adequadas, se os próprios responsáveis pelas crianças e adolescentes trocam os sucos por refrigerante e as frutas pela pipoca.

“O melhor é o bom exemplo. É grande a probabilidade de uma criança que cresceu em um ambiente saudável comer espontaneamente esses alimentos depois”, ensina.

Com tanta variedade de lanches calóricos e guloseimas no mercado, a alternativa para evitar desentendimentos e, ainda, oferecer alguns agrados aos filhos, é saber negociar. “Não tem nada errado em comer bobagem, mas isso deve acontecer no fim de semana. No dia a dia, deve-se optar por alimentos mais saudáveis”, alerta.

O segredo, de acordo com a professora, é mostrar de forma didática quais benefícios a ingestão daqueles alimentos pode trazer para a criança e adolescente. “Pode-se dizer que, comendo aqueles alimentos, ele vai poder ganhar uma competição, que a cabeça vai gravar melhor as lembranças, por exemplo. Tem que mostrar os prejuízos de se comer essas comidas rápidas”, orienta.

Também é importante estabelecer uma rotina de horários para a alimentação.  Os pais e responsáveis devem, ainda, observar o lanche da hora do recreio, que deve ser balanceado, com sucos naturais e frutas. Em dias muito quentes, não enviar alimentos perecíveis.