Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Davis, nos Estados Unidos, afirmam em estudo que adolescentes felizes apresentam menor envolvimento com crimes e drogas. O trabalho foi apresentado no encontro anual da Associação de Sociologia norte-americana pelos autores Bill McCarthy e Teresa Casey.
A pesquisa foi conduzida com dados do National Longitudinal Study of Adolescent Health - o maior estudo sobre adolescentes já feito nos EUA - sobre 15 mil estudantes norte-americanos, que estavam cursando da 7ª série ao 1º colegial nos colégios do país entre 1995 e o ano seguinte.
Segundo os pesquisadores, as consequências da felidade são raramente analisadas pelos sociólogos e nenhum outro estudo havia investigado a relação entre os crimes cometidos e a alegria dos adolescentes.
As explicações mais comuns costumam se basear nos aspectos negativos como a raiva para compreender como os adolescentes decidem realizar atos criminosos. McCarthy e Casey defendem que as emoções "positivas" também possam ter influência na escolha.
Jovens que alegaram estar menos felizes em um período superior a um ano apresentaram chances maiores de se envolver com crimes e drogas. Quadros depressivos também colaboram para as estatísticas, segundo os pesquisadores norte-americanos.
Como muitos jovens podem conviver com picos de felicidade e tristeza, os estudiosos também levaram em conta quanto tempo os adolescentes passaram eufóricos ou depressivos. A dupla descobriu que a duração dos períodos de pouca ou muita felicidade também influencia a escolha pela criminalidade e pelo uso de entorpecentes.