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Cápsula é capaz de melhorar entrega de drogas anticâncer a células doentes
 
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26/09/2011

Cápsula é capaz de melhorar entrega de drogas anticâncer a células doentes

Baseada na estrutura das bonecas russas, cápsula perde camadas à medida que encontra o alvo específico e impede efeitos colaterais

Pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, trabalham no desenvolvimento de uma cápsula minúscula capaz de melhorar a entrega de drogas anticâncer, evitando efeitos colaterais como perda de cabelo e náuseas.

Baseada na estrutura de bonecas russas babushka, a cápsula se move pela corrente sanguínea intacta. Quando encontra o alvo, ela entra na célula, perde uma camada, encontra a parte do mecanismo celular a ser atacada, perde outra camada e libera a carga de drogas, destruindo apenas a célula cancerosa.

A criação dessa cápsula ainda pode levar décadas, mas a líder da pesquisa, Georgina Such e colegas já desenvolveram diversos materiais que oferecem potencial para permitir o trabalho.

Para o estudo, os pesquisadores, até agora, combinaram duas diferentes técnicas - montagem camada por camada (LBL) e click chemistry - para produzir o tipo necessário de materiais ' inteligentes' que podem entregar medicamentos contra o câncer apenas para as células doentes do corpo.

Utilizando a combinação destas técnicas, Georgina acredita que pode criar cápsulas com a estrutura das bonecas babushka, com cada revestimento criado sob medida para uma finalidade específica e que, em seguida, são arrancados para revelar a próxima camada.

Click chemistry é importante, pois é uma técnica de colagem eficiente que permite construir ingredientes químicos inteligentes com propriedades muito específicas para o revestimento da cápsula de polímero. Por exemplo, a equipe desenvolveu cápsulas revestidas com materiais que permitem que elas passem despercebidas pelos sistemas de vigilância imunológica do organismo. Uma nova parte da pesquisa será direcionada para garantir que a droga levada pela cápsula inteligente seja mais eficaz, uma vez que é entregue diretamente a uma célula-alvo.

As células podem ser encorajadas a engolir cápsulas pequenas carregadas com drogas, mas uma vez dentro da célula, a cápsula fica fechada em um saco ligado à membrana, conhecido como um endossomo, um ambiente ácido e destrutivo. Georgina quer garantir a cápsula escape desse local e depois se dissolva, liberando a carga de drogas específicas para partes diferentes da célula.

Os pesquisadores podem ser capazes de conceber esse escape por meio da criação de um revestimento positivamente carregado, fazendo com que o sal e a água sejam puxados para dentro do endossomo. Isto provoca um aumento na pressão osmótica que estoura o saco de membrana. Conforme isso ocorre, o revestimento da cápsula é degradado liberando vários pacotes pequenos contendo os medicamentos. Cada pacote tem uma superfície inteligente para se ligar a um alvo bioquímico em particular na célula. A equipe pode controlar a resistência do revestimento, que determina a rapidez com que as drogas vão agir.

Georgina acredita que o desafio biológico é grande. " Ele exige muito da química dos polímeros, para realmente atender as exigências muito sofisticadas do sistema biológico. Você pode abrir uma porta, e então há 50 outros problemas, e então há outros 50. É um campo muito desafiador", observou a pesquisadora.


Autor: Redação
Fonte: iSaúde

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