.
 
 
Novas terapias e evolução nos transplantes
 
Artigos
 
     
   

Tamanho da fonte:


22/05/2012

Novas terapias e evolução nos transplantes

Chama a atenção o volume de procedimentos de medula óssea, cujo acréscimo foi de 30%

Karolyn Sassi Ogliari – Doutora em Ciências pela USP

A Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos divulgou recentemente que no primeiro trimestre de 2012 houve crescimento de quase 25% no total de transplantes no país em relação ao mesmo período do ano anterior. Dentre os dados publicados pela ABTO, chama a atenção o volume de procedimentos de medula óssea, cujo acréscimo foi de 30%. Foram 281 transplantes, mais da metade dos casos registrados em 2011. Desses, praticamente todos foram autólogos, ou seja, transplantes com material do próprio individuo.

Segundo o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH), há aproximadamente 600 pesquisas clínicas em andamento para explorar o potencial do sangue de cordão umbilical, sendo em torno de 50% focadas na área de neurologia, como paralisia cerebral, AVCs, aplicação em bebês prematuros e doença de Alzheimer. Além disso, outros importantes estudos estão em desenvolvimento com o diabetes tipo 1 e autismo. Os outros 50% são estudos para aprimorar o uso do sangue de cordão umbilical nas áreas de doenças genéticas ou malignas do sangue - como as leucemias e linfomas - e doenças do sistema imunológico, para as quais as células do cordão são alternativas ao transplante de medula óssea.

A ampliação das aplicações do sangue de cordão umbilical em doenças degenerativas e incapacitantes já conta com a imensa mobilização da comunidade cientifica internacional para o seu amplo desenvolvimento. Profissionais médicos e pesquisadores estão progredindo significativamente e avaliando a segurança e eficácia das células-tronco dessa origem muito além do seu uso apenas em tumores e doenças sanguíneas.

A novidade é que essas pesquisas já estão em sua última etapa, a fase clínica, quando são aplicadas em seres humanos e, caso sejam comprovadas, vão gerar opções terapêuticas para beneficiar muitos pacientes portadores dessas doenças. As células-tronco presentes no sangue do cordão têm-se revelado com grande potencial regenerativo quando comparadas a outras fontes, como as células do tecido adiposo e as da medula óssea. Isso se deve ao período em que as células ainda são coletadas, ainda em fase mais imatura.

Estatísticas americanas estimam que, com os avanços na medicina regenerativa, aproximadamente 1 em cada 3 indivíduos poderão se beneficiar desse recurso dentro das próximas décadas com um passo à frente para usufruírem das novas terapias.

Além da coleta do sangue de cordão umbilical ser a única forma de armazenar as células-tronco sem riscos anestésicos e cirúrgicos no futuro, o material está disponível para utilização a qualquer momento, ao contrário de outras formas de obtenção para uso em transplantes.

Ainda há muito a avançar, porém a evolução da ciência nos aponta para um caminho promissor e com avanços imensuráveis. 


Autor: Karolyn Sassi Ogliari – Doutora em Ciências pela USP
Fonte: Karolyn Sassi Ogliari – Doutora em Ciências pela USP

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581