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IPT desenvolve projeto para encapsulação de medicamento utilizado no tratamento da Aids
 
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18/09/2012

IPT desenvolve projeto para encapsulação de medicamento utilizado no tratamento da Aids

Objetivo é desenvolver por meio de técnica de secagem por aspersão uma nova fórmula para administração de antirretroviral

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está trabalhando em um projeto para a encapsulação de princípios ativos para o tratamento da AIDS empregando a técnica de spray drying, (secagem por aspersão).

O objetivo é desenvolver por meio da tecnologia, que permite a conversão de soluções em uma forma particulada seca, uma nova fórmula para a administração de um ativo usado no tratamento da doença, denominado antirretroviral, que apresenta uma série de limitações.

Os agentes antirretrovirais costumam apresentar inconvenientes em relação à biodisponibilidade – termo usado em farmacologia para descrever a quantidade e a velocidade na qual o princípio ativo é absorvido e fica disponível para atuação no sítio-alvo.

Segundo o engenheiro químico Adriano Marim de Oliveira, pesquisador do Centro de Tecnologia de Processos e Produtos e responsável pelo projeto no IPT, o maior problema enfrentado pelos ativos em estudo é o ‘ataque’ feito pelo suco gástrico do estômago.

“O esperado é o paciente ingerir o medicamento e os ativos serem absorvidos no intestino, chegando à corrente sanguínea e às regiões afetadas. Porém, a presença de ácido no suco gástrico do estômago acaba por degradar parte deles e impedir a chegada em sua totalidade ao intestino”, explicou Oliveira.

Uma das saídas empregadas pela indústria farmacêutica é a adição de uma solução tampão na composição do medicamento a fim de minimizar a variação do valor do pH no estômago, mas ela aumenta o tamanho dos comprimidos e dificulta a sua ingestão.

De modo a auxiliar a solucionar o problema, o projeto do IPT está estudando o uso de polímeros ‘inteligentes’, que são sensíveis às variações de acidez e alcalinidade, para encapsular o ativo antirretroviral, produzindo nanopartículas com o auxílio do nanospray dryer e concentrando a sua absorção exclusivamente no intestino.

Os ensaios para o projeto, iniciado em maio de 2011 e com previsão de conclusão no próximo mês de outubro, tiveram início com estudos em placebo e a compreensão das condições de funcionamento do nanospray dryer.

Seis materiais poliméricos sensíveis a variações de pH foram testados para geração e encapsulação das nanopartículas, entre polímeros naturais (goma arábica, carboximetilcelulose e alginato) e sintéticos da família dos acrilatos, todos comumente empregados na indústria farmacêutica.

Concluída a etapa de ensaios em placebo, os testes se voltaram ao uso de um ativo modelo, que funcionou como um substituto às matérias-primas originais de alto custo usadas no tratamento da doença.

Os pesquisadores optaram pela encapsulação de uma vitamina do complexo B solúvel em água, de características similares à do ativo antirretroviral, com fácil manipulação e sem riscos de toxicidade. Ensaios foram executados para quantificar a liberação controlada da vitamina em relação ao controle de pH.

Mais informações: www.ipt.br/noticia/572-nanotecnologia_na_medicina.htm.  


Autor: Redação
Fonte: Agência FAPESP

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