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Artigo Destaque: Disfunções Sexuais
 
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06/07/2009

Artigo Destaque: Disfunções Sexuais

Quais as barreiras para a busca de ajuda médica?

Todos temos a idéia de que praticar sexo é uma atividade desejada por todos os homens. E que, à primeira dificuldade com o seu funcionamento sexual, fará com que o homem corra em busca de ajuda.

Se analisarmos os trabalhos que falam sobre a prevalência de disfunção erétil, por exemplo, aprenderemos que ao redor de 50% dos indivíduos com mais de 50 anos apresentam algum grau de dificuldade para ter uma ereção satisfatória. Isto nos leva a imaginar que os consultórios e clínicas médicas exibam filas de pacientes em busca de ajuda em suas portas.

Mas não é isto que vemos. Existem dados que apontam que menos de 15% dos homens com disfunção sexual buscam ajuda médica. E muitos, quando vão ao médico, não se queixam dos problemas sexuais.

É interessante perceber que, mesmo nos grupos de risco, como por exemplo, os diabéticos que costumam ir ao médico constantemente e nos quais a chance de desenvolver impotência sexual é grande, não ocorre esta queixa.

Qual a razão desta discrepância tão grande?

Um grande número de homens tem vergonha de se queixar de problemas sexuais, outros acham que o médico não vai compreendê-lo ou até que podem embaraçar o profissional. Para alguns, “este é um fato normal da vida” ou até acham que a disfunção sexual (DS) não é um grande problema na sua vida. Não se pode esquecer que boa parte destes pacientes tem mais de 50 anos e nunca teve muita informação sobre sexo e acha que a impotência sexual é “normal” no final da vida e que as pessoas, incluindo os médicos, não vão compreender um “idoso” querendo ter relações sexuais.

Porém, a grande maioria dos pacientes com DS gostaria que o médico abordasse as questões sexuais e, nesta situação, poderia “se abrir” e resolver suas queixas.

Entretanto, também o médico não questiona o paciente sobre sua função sexual. Na Inglaterra, apenas 12% dos homens e 6% das mulheres com disfunções sexuais e que queriam ser tratados receberam algum tipo de atendimento médico. É muito frequente o paciente diabético ser questionado sobre como está o seu pé, mas raramente é perguntado sobre seu pênis, embora o diabete melito seja um fator de risco importante para a DE.

Para muitos médicos, as DS não sendo uma doença com risco de vida não são uma questão importante. É muito mais relevante tratar de “doenças reais” como câncer, diabete, etc. Outros não se sentem confortáveis ou desconhecem mais profundamente a área.

Nas escolas médicas, com raras exceções, não existem cursos curriculares sobre sexualidade humana; no máximo fala-se em reprodução humana. Assim, os médicos não se sentem preparados para atender o paciente de forma adequada, principalmente os não especialistas.

Por outro lado, existe ainda o fator tempo. As consultas médicas, devido à inadequada remuneração e ao sistema de assistência médica adotado em nosso país, são muito curtas, o que impede um diálogo mais longo com o paciente. O atendimento visa apenas à queixa.

Infelizmente, a falta de conhecimento de pacientes e de seus médicos leva um grande número de pacientes a deixar de resolver problemas que impactam muito em sua qualidade de vida.

Sidney Glina
Médico Urologista, Doutor em Medicina pela USP (1991), Chefe do Hospital Ipiranga e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Urologia.
 
 
Artigo disponível também em formato pdf. Clique no ícone abaixo e confira mais um artigo do portal SIS.Saúde.
 
 

 


Autor: Dr. Sidney Glina
Fonte: Presidente do Hospital Ipiranga

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