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Tire férias da virose
 
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05/11/2018

Tire férias da virose

Infectologista do Hospital Villa-Lobos explica por que esta doença é tão comum nas praias, durante o verão, e quais cuidados devem ser adotados para evitar o contágio

A conta é simples. Verão mais férias é igual a praias lotadas. Preocupações com trânsito, prazos e contas a pagar deixam de existir ou diminuem consideravelmente. Tudo parece melhor: o dia é mais bonito, as pessoas são mais simpáticas e a rotina torna-se um agradável final de semana prolongado. Nada pode atrapalhar, as situações deixam de ser estressantes. Até que ela surge, de repente, como quem não quer nada. Instala-se no organismo, faz estragos no que parecia perfeito e alerta para o fato de que as doenças não tiram férias. Dores, vômitos, náuseas, diarreia, desidratação e febre são alguns dos sinais de que ela está ali e tem um nome bem conhecido: virose. Mas por que ela gosta tanto de praia e de verão? 

O infectologista-chefe do Hospital Villa-Lobos, Cláudio Gonsalez, chama atenção para o fato de que nesta época do ano a população nas regiões praianas aumenta e isso explica, em parte, o crescimento dos casos de virose. “Em áreas de veraneio litorâneas, a grande concentração de turistas acaba por saturar as condições sanitárias da região, facilitando a transmissão destes vírus nestes aglomerados populacionais, principalmente no verão”, afirma. Segundo ele, nas praias as ocorrências de surtos de viroses estão relacionadas a vírus cuja transmissão ocorre de duas formas: por via respiratória ou orofecal (ingestão de água, alimento ou contato com superfícies e objetos contaminados por fezes). 

Virose é um termo que designa qualquer doença causada por vírus. Difícil de tratar, esse tipo de microorganismo — capaz de causar doenças nos seres humanos, animais e vegetais — sofre mutações, o que atrapalha o desenvolvimento de remédios específicos. “O tratamento de uma virose é um desafio para a medicina, pois os antivirais disponíveis ainda são medicamentos pouco eficazes. De outra parte, muitas viroses são autolimitadas, isto é, desaparecem espontaneamente, sem necessidade de tratamento”, explica o especialista. 

Segundo Gonsalez, na maioria das vezes, os quadros de virose são benignos e desaparecem espontaneamente, mas em algumas situações são necessários maiores cuidados. “Em casos extremos ou em grupos populacionais especiais, como idosos, muito jovens ou imunossuprimidos (com baixa resistência imunológica) podem ser necessárias hospitalizações para tratamento sintomático”, avisa. 

Para aqueles que não querem correr o risco de passar as férias doente, o médico alerta para o fato de que algumas viroses podem ser prevenidas através da vacinação. Tomar medidas sanitárias e de higiene pessoal também ajuda a evitar o contágio. “O hábito da higienização das mãos é fundamental para prevenção destas doenças. Outro cuidado é a ingestão de água potável e alimentos de fontes sanitárias confiáveis”, recomenda.  Por último, o especialista alerta para a necessidade de estruturação sanitária de fornecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto adequado para evitar a transmissão da doença. Com todos esses cuidados, fica mais difícil para a virose fazer parte do roteiro nas férias de verão.


Autor: Cintia Ferreira
Fonte: Ecco Press

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