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Jornada Gaúcha de Radiologia traz conhecimento de novas práticas e inovações tecnológicas
 
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11/08/2014

Jornada Gaúcha de Radiologia traz conhecimento de novas práticas e inovações tecnológicas

XXIV Jornada Gaúcha de Radiologia ocorreu entre os dias 7 e 9 de agosto no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael

Depois de três dias de intensa atualização em radiologia, a XXIV Jornada Gaúcha de Radiologia encerrou neste sábado (09/08). Com a participação de mais de 600 profissionais da área, o evento foi considerado um sucesso pelo tesoureiro da Associação Gaúcha de Radiologia, Ildo Betineli, entidade que organizou o evento.

- Acredito que todas as pessoas presentes na Jornada Gaúcha de Radiologia saem daqui hoje muito satisfeitas com o evento. Sinto que houve uma empolgação muito grande do público - enfatizou Ildo Betineli.

O radiologista já pensa na Jornada Gaúcha de Radiologia de 2015 e antecipa novidades que serão apresentadas ao público na próxima edição do evento.

- Para o próximo ano nós vamos agregar o curso Ebraus, do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). A capacitação de Ultrassom Básico terá duas aulas teóricas e quatro aulas práticas em 2015 - alertou.

A Jornada Gaúcha de Radiologia lotou as salas e salões de eventos do Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael e apresentou novidades para o setor em todas as áreas de trabalho. Um dos destaques do ultimo dia da Jornada Gaúcha de Radiologia foi a programação apresentada na programação do International Cancer Imaging Society (ICIS). A parceria com a entidade internacional trouxe a consultora de Radiologia e Diretora de Pesquisa e Educação no departamento de Imaging, Barts Health, London UK, Anju Sahdev, da Inglaterra, que destacou a importância de conversar com os médicos gaúchos e brasileiros presentes no encontro.

- O congresso tem sido fantástico, muito bem organizado e com palestras excelentes. Estou muito honrada de representar o ICIS nesse evento que proporciona uma excelente combinação na qual os médicos conseguem a combinação daquilo que é estudado em livros com algumas experiências práticas - disse.

A médica é especialista na área de abdômen e pelve, com ênfase no genito-urinário. A programação do ICIS abordou temas como emergência oncológica, ressonância magnética de próstata, tumores da base do crânio, laringe, nódulo pulmonar e lesões tumorais intratorácicas.

Outro assunto destaque do sábado foi a Medicina Nuclear, que passa por um processo evolutivo muito grande do ponto de vista tecnológico. Desde a década de 60 se usava uma prática no diagnóstico por imagem e produção das imagens cintilográficas. Mais recentemente houve um processo evolutivo com equipamentos baseados em CZT (Cadmio Zinco Telurio) que permite usar doses de radioatividade até um terço do que era usado anteriormente.

- Essas novas tecnologias além de permitirem uma melhoria na qualidade da imagem ajudam a otimizar a dose de radiação que o paciente recebe - explicou o físico médico, especialista em medicina nuclear e vice presidente da Associação Brasileira de Física Médica.

A utilização em medicina nuclear da substância chamada CZT está permitindo redução nas doses de radioatividade de até um terço do que era usado nos métodos tradicionais.

O debate sobre a diminuição da exposição de radiação alcançou as crianças. Vice-presidente da área Pediátrica da Associação Gaúcha de Radiologia, Matteo Baldisserotto defende que os pequenos não podem receber a mesma carga radiológica que um adulto e explica que as consequências desta ação só serão percebidas com mais de 15 anos de atraso.

- As preocupações com a radiação em crianças iniciaram nos anos 1990. Depois disso, foi percebido que os pequenos necessitam de cargas diferentes. Estudos mostram que a radiação nas crianças só será percebida depois de mais de 15 anos e as consequências ainda não podem ser compreendidas. Não sabemos se uma menina que recebeu radiação na região abdominal não corre o risco de ter malformação no feto quando engravidar. É um assunto que deve receber muita atenção de radiologistas, médicos e pais - esclareceu Matteo Baldisserotto.

O Simpósio de Enfermagem em Radiologia focou na qualidade assistencial e a segurança do paciente. Foi uma troca de saberes entre enfermeiros que desenvolvem atividades relacionadas à radiologia. Foram abordados os diversos meios de contraste utilizados nos Centros de Diagnósticos por Imagem, seus cuidados, proteção radiológica, procedimentos, acessos venosos e efeitos adversos.

- Abordamos uma vasta temática, que foi das reações adversas ao contraste até as novas tendências de mercado. O grande diferencial foi que, pela primeira vez, tivemos uma aula teórico/prática de Suporte Básico de Vida para Radiologia, voltada à enfermagem - ressaltou a enfermeira coordenadora do Simpósio de Enfermagem na Jornada Gaúcha de Radiologia, Carla Eli.

Durante a Jornada, um concurso escolheu o melhor trabalho sobre radiologia. O trabalho científico vencedor foi a "Mamotomia Guiada por Estereotaxia e por Ultrassonografia: Revisão de 104 Casos" de um grupo da Fundação Serdil-Saint Pastous. O segundo lugar ficou com o trabalho denominado "Avaliação de Tromboembolismo na Emergência de Hospital Privado", do Hospital Moinhos de Vento. O terceiro colocado fala sobre "Nódulo de Mama: Experiência com Elastografia", da EcoClínicaTomoClínica.

A XXIV Jornada Gaúcha de Radiologia ocorreu entre os dias 7 e 9 de agosto no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Outras informações sobre o evento podem ser obtidas no site www.sgr.org.br.  


Autor: Mariana da Rosa
Fonte: Play Press

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