Para ganhar peso e massa muscular mais rápido, algumas pessoas recorrem ao consumo de suplementos alimentares. Os especialistas alertam para os riscos do uso sem orientação adequada. O exagero na suplementação pode sobrecarregar alguns órgãos do corpo, como o fígado e os rins.

— Às vezes, os alunos gastam uma quantia absurda em suplementos que não ajudam em pouca coisa. Somente o nutricionista sabe o que vai funcionar na dieta dele — completa Rogério Guanabarino, personal trainer.

Os suplementos alimentares servem para complementar a dieta, com vitaminas, minerais, fibras, ácidos graxos, proteínas, aminoácidos ou carboidratos. No entanto, para evitar problemas, é necessário cuidado e orientação de um especialista na hora de utilizá-los.

— Eles adicionam o que não conseguimos completar pela alimentação e podem ser encontrados em forma de cápsulas, óleos, pós, barras ou bebidas — explica a nutricionista Julia Dubin Melnick.

Segundo Julia, os suplementos devem ser indicados por um nutricionista ou médico, de acordo com a necessidade do paciente. Um vegetariano pode precisar suplementar a dieta com proteínas, por exemplo. É preciso usar os suplementos de forma correta, pois o uso inadequado pode trazer danos como insuficiência renal, ganho de peso, aumento do colesterol, glicose e triglicerídeos, alergias e complicações de fígado.

Geralmente, para ganhar músculo apela-se para substâncias como albumina, whey protein, o BBCAA, as glutaminas ou a creatina. Já para ter energia antes do treino, costuma-se usar maltodextrina ou dextrose.

Uma alimentação saudável, porém, é ainda a melhor maneira de garantir a boa forma sem preocupações com contraindicações.

De olho nos rótulos

Porém, com tantas ofertas no mercado, como saber se o produto comprado é de procedência garantida e não trará problemas à saúde? Carlos Mânica, proprietário de uma das maiores lojas de suplementação alimentar na Capital, afirma que a maioria dos consumidores são praticantes de atividades físicas, que treinam cerca de quatro vezes por semana e buscam melhorar a performance, e já vem com alguma orientação prévia. Porém, segundo ele, é importante seguir a regra básica de procurar sempre os itens que tem em seu rótulo um registro do Ministério da Saúde.

— É preciso ter cuidados redobrados com produtos importados, pois o mercado brasileiro tem sido invadido por produtos com venda proibida pela Anvisa e que representam vários riscos para quem os consome — explica, informando, ainda, que é obrigatório o adesivo de tradução nas embalagens vindas de outros países.