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Quando se preocupar com a estatura dos filhos
 
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14/03/2018

Quando se preocupar com a estatura dos filhos

Especialistas recomendam atenção aos casos em que há diminuição na velocidade de desenvolvimento

A ideia de que o filho ainda não tem a altura adequada para a sua idade — e de que talvez esteja destinado a ser baixinho na vida adulta — alimenta filas nos consultórios pediátricos. Muitas vezes, esse anseio é exagerado, ainda que a criança figure como a menor da sala de aula ou não tenha alcançado os primos.

É comum os pais compararem os filhos com crianças da mesma idade. Essa comparação não é recomendada por especialistas, pois o crescimento da criança tem diversas variáveis, como entrar antes ou depois na puberdade. Comparar meninos com meninas também não é válido. Em média, eles são mais altos do que elas, mas as garotas costumam amadurecer mais cedo.

Existem alguns fatores a que os pais devem estar atentos. É necessário reparar caso ocorra uma diminuição na velocidade de crescimento e no peso, conforme indica a pediatra Lucia Diehl. Se passou um ano e o filho ainda não trocou o número do calçado e das roupas pode ser motivo para buscar orientação.

— É importante ver, também, quando a menina apresenta sinais de puberdade antes dos oito anos ou depois dos 13, e meninos, antes dos nove ou depois dos 14 — lembra Lucia, acrescentando que a puberdade precoce pode interromper o crescimento.

O pediatra Alexandre Holmer Fiore afirma que os pais "têm de relaxar", procurar não projetar seu filho nos padrões de altura que não lhe competem, até mesmo geneticamente. Fiore defende que se evite falar com as crianças sobre sua estatura.

— Não se pode ficar batendo na tecla, dizendo que é baixinho, que vai ficar baixinho, porque pode interferir na autoestima dele. Se ele trouxer o assunto, acompanhe para ver o que está acontecendo e valorize outros pontos positivos — recomenda aos pais.

Em situações em que a criança não produz adequadamente o hormônio de crescimento, ou em determinadas síndromes, é possível que se faça necessário o uso de medicamentos. Mas a endocrinologista pediátrica Cristiane Kopacek lembra que o tratamento com hormônio de crescimento deve vir necessariamente de uma indicação médica, e não de uma vontade dos pais, uma vez que não é isento de riscos.

O que pode interferir no crescimento

O processo de desenvolvimento da estatura ocorre desde a vida intrauterina até o final da puberdade, e existem vários fatores que o influenciam. A pediatra Lucia Diehl enumera alguns.

- Alimentação: uma dieta equilibrada, com quantidades corretas de calorias e proteínas, facilita o crescimento.

- Um bom ambiente social e emocional: é necessário proporcionar um ambiente familiar em que a criança se sinta amada. Às vezes, aquelas que sofrem privação emocional ou maus-tratos podem não se desenvolver adequadamente, crescendo menos.

- Atividades físicas: a prática de esportes, principalmente aeróbicos (que utilizam múltiplos grupos musculares, de forma ritmada e contínua) — como correr, caminhar, nadar e andar de bicicleta — aumenta o apetite. Se a criança come mais, desenvolve sua massa muscular, contribuindo para o crescimento.

- Atenção à saúde: doenças hepáticas, cardíacas, renais, pulmonares e enfermidades crônicas como diabetes também podem deixar a criança enfraquecida e prejudicar seu crescimento.

Fórmula da altura

A "altura-alvo" de uma pessoa, conforme a endocrinologista pediátrica Cristiane Kopacek, serve para dizer se está apresentando crescimento adequado ou não a sua genética. Ela é calculada por uma fórmula que indica uma estimativa baseada na altura de nossos pais.

altura do pai (em total de centímetros)

+

altura da mãe

+ 13 (para meninos) ou - 13 (no caso de meninas)

/ 2 = altura-alvo*

* Há um desvio de oito centímetros para mais ou para menos.

Outra ferramenta muito utilizada por pediatras é a "curva de crescimento", gráficos que indicam a taxa de crescimento da criança.


Autor: Redação
Fonte: Zero Hora

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