.
 
 
Gravidez e aids: entenda por que não há motivo para preconceito
 
+ Sa�de
 
     
   

Tamanho da fonte:


27/10/2016

Gravidez e aids: entenda por que não há motivo para preconceito

Com acompanhamento médico rigoroso, risco de contaminação do bebê pode ser bem pequeno

Muita gente ainda se pergunta como casais com aids conseguem gerar crianças saudáveis. A verdade é que, embora o processo de concepção seja mais cercado de cuidados do que quando um casal livre do vírus tenta engravidar, há sim opções viáveis para os pares que desejam ter filhos mas se sentem acuados por conta do HIV.

A inseminação artificial, a fertilização in vitro e até a chamada autoconcepção podem ser saídas para casais nos quais uma das partes — ou as duas — portam o vírus.

Veja qual é o acompanhamento dado para a gravidez em cada um dos casos – as informações foram fornecidas pelo Ministério da Saúde:

Quando apenas o homem é soropositivo

Nesse caso, o homem passa por exames para avaliar o quão alta está a carga viral do HIV. Se estiver baixa, o sêmen pode ser colhido — caso contrário, ele é submetido a tratamento com antirretrovirais até que a carga esteja adequada. A mulher também passa por exames para certificar o médico de que seu sistema imunológico está forte e de que não há lesões no útero ou na região genital.

Feita a coleta do sêmen, o esperma é lavado — no caso, o líquido seminal é separado dos espermatozoides, e apenas os espermatozoides sem contaminação pelo vírus são separados. Para provocar a gravidez de fato, o médico pode optar por três métodos: a inseminação inteuterina (IIU), conhecida como inseminação artificial, a fertilização in vitro (FIV) ou a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (em que eles são injetados diretamente nos ovócitos).

Quando os dois são soropositivos

Quando os dois têm a carga viral estável, é adotado o mesmo método usado quando só o homem tem HIV (mais os cuidados direcionados à gestante soropositiva, abaixo).

Quando só ela é soropositiva

Se apenas a parceira é soropositiva, a lavagem do esperma não é necessária. Se tudo estiver ok com a fertilidade do casal, os médicos podem indicar a IIU. O Ministério da Saúde também orienta a autoconcepção: o homem retira o sêmen de dentro do preservativo com uma seringa e a mulher injeta o material durante o período fértil. Embora o procedimento pareça factível em casa, ele exige cuidados médicos e muitos exames para minimizar os riscos.

Quando a mulher soropositiva engravida, quais são os cuidados a serem tomados?

1. Pré-natal

Toda a mulher precisa fazer o teste de HIV em dois momentos: no primeiro e no início do terceiro trimestre. O intervalo é por conta da janela imunológica (para não descartar o contágio recente pela doença).

2. Medicação para a mãe

Há mulheres com a carga viral baixa e estável, que não exige tratamento. Entretanto, quando gestante, a soropositiva é medicada para reduzir a quantidade de vírus no organismo e diminuir o risco de transmissão para o bebê.

3. Parto cirúrgico

O parto mais recomendado para a mulher soropositiva é a cesariana, já que reduz o período de contato do bebê com as secreções e o sangue da mãe.

4. Amamentação

Infelizmente, a mãe infectada com o HIV realmente não pode (não deve e está absolutamente proibida, não há saídas tecnológicas para isso) amamentar o bebê. A nova mãe deve recorrer a leite artificial ou bancos de leite de hospitais e maternidades. Não se deve esquecer do acompanhamento pediátrico para certificar-se de que o bebê está se desenvolvendo normalmente, mesmo com a carência de leite materno.

5. Medicação para o bebê

Prevenir é melhor que remediar, diz... todo mundo. E com razão: para reforçar a proteção do bebê, o pediatra receita uma espécie de xarope do antiviral AZT durante as seis primeiras semanas de vida da criança. E o monitoramento deve ser constante: os testes para HIV são realizados entre quatro e seis semanas e depois repetidos por volta dos quatro meses. A razão? No início da vida, a criança carrega anticorpos da mãe, e isso pode confundir o resultado dos exames.

6. Durante a gravidez, o sexo continua com camisinha

Não importa que você e seu parceiro sejam, os dois, portadores da aids - os vírus podem ser diferentes, e, ao deixar de lado a camisinha, você pode estar provocando uma nova infecção e facilitando a transmissão para o bebê.


Autor: Redação
Fonte: Zero Hora

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581