”A Felicidade Possível” foi o tema da psicanalista Christiane Ganzo e da psicoterapeuta Denise Arts, durante o 2º Congresso Estadual sobre Saúde e Trabalho, promovido pela ABRHS-RS, que iniciou na tarde da última quinta-feira (16), no Teatro da AMRIGS, em Porto Alegre. Alfabetização emotiva e protagonismo foram os focos da palestra. “Somos responsáveis pela construção do cenário do nosso dia a dia e não podemos delegar essa função”, afirmou Denise. Para Christiane, o mais importante é crer na capacidade única de compreender a alma humana e na habilidade de criar conhecimento para que se aprenda a desenvolver protagonismo na sua vida.

“Que ferramentas vocês têm para se sentirem produtivos e felizes?” A resposta, segundo elas, geralmente fica em torno de comprometimento, atitude, criatividade, empatia e sinergia. No entanto, é muito mais importante o autoconhecimento e a liderança na sua própria vida. “Não percebemos que já temos o suficiente para a felicidade, mas sempre queremos mais, por isso não somos felizes”, explica Christiane. A felicidade, para Denise, é uma construção. “Ser feliz é construir diariamente, de forma individual e em equipe, o autoconhecimento. Dessa forma, somos verdadeiros construtores e destruímos vícios e dificuldades, enfrentando as adversidades do dia a dia”, disse.

Christiane alertou para os riscos da felicidade idealizada, que faz com que esse estado dependa de algum acontecimento. “Essa felicidade é a pior, não há como manter a saúde com a idealização, é um veneno”, falou. Denise completou dizendo que a felicidade possível é a baseada na autorreferência. Para elas, conhecimento é a palavra-chave. “Estamos falando de uma alfabetização emocional interna, profunda e não dessas que buscamos no Google. Conhecimento é ferramenta para que a gente produza o autoconhecimento e essa equação gera a felicidade possível”, acrescentou Denise.