.
 
 
Turquia apresenta sistema modelo de rastreabilidade de medicamentos à delegação técnica brasileira
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


21/10/2014

Turquia apresenta sistema modelo de rastreabilidade de medicamentos à delegação técnica brasileira

GS1 Brasil acompanhará as evoluções do processo de utilização do código de barras bidimensional GS1 DataMatrix

A rastreabilidade de medicamentos adotada pela Turquia, considerada um dos modelos mais avançados do mundo, será acompanhada de perto por uma delegação brasileira de 23 a 25 de outubro. A GS1 Brasil participará de um roteiro de visitas técnicas a todos os elos da cadeia, dos fabricantes ao balcão das farmácias, de forma a verificar as evoluções obtidas até agora.

Em 2012, a missão já havia verificado o exemplo turco para melhorar a eficiência e competitividade, combater a falsificação e o roubo de remédios. Naquele ano, o mercado farmacêutico da Turquia contava com 276 fabricantes, 294 distribuidores e mais de 24 mil farmácias e 13 mil hospitais. O sistema de rastreabilidade foi adotado para otimizar o subsídio de medicamentos oferecido pelo governo por meio de um sistema de reembolso.

Antes de adotar a prática, o governo somava um grande prejuízo, uma vez que a mesma receita médica era apresentada em várias farmácias diferentes, facilitando acesso de pessoas que não tinham direito ao benefício. Essas fraudes geravam um prejuízo médio de US$ 1 bilhão ao ano. Pelos cálculos do governo turco, em cerca de quatro meses de operação, o investimento na rastreabilidade já foi pago.

A tecnologia escolhida pela Turquia para rastrear o remédio na indústria, atacado e varejo, foi o código padrão GS1 DataMatrix, ferramenta que levou o país a ser o primeiro no mundo a ter 100% de controle. “O Brasil também está a caminho de adotar o sistema em todo o território nacional para atender à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa”, destaca o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira, que participa da missão.

O objetivo do governo brasileiro é que a população tenha mais segurança na hora de comprar um medicamento através da rastreabilidade. Para que isso aconteça, será preciso que as embalagens dos remédios contenham uma identificação única, capaz de permitir ao usuário saber todo o histórico e localização do produto. Também será possível verificar se ele é original e se tem procedência legal, evitando assim contrabando e falsificações.

As regras finais do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (Lei nº 11.903/2009) foram aprovadas pela Anvisa e têm que ser totalmente implementadas no prazo de três anos. No entanto, o governo estabeleceu o prazo de dois anos para que cada fabricante apresente ao menos três linhas de produto que sigam o novo sistema. A norma está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 11 de dezembro de 2013.

O GS1 DataMatrix usado pela Turquia também foi a tecnologia escolhida pela Anvisa para conter todos os dados de cada item. O código permite recuperar informações históricas e geográficas sobre o caminho percorrido pelos medicamentos desde sua produção até a entrega ao consumidor. O mercado está caminhando para adotar o GS1 DataMatrix como padrão de estruturação da informação dentro do código para garantir a interoperabilidade na cadeia.

De acordo com o capítulo 4 da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa, a tecnologia será a principal ferramenta para garantir a rastreabilidade desses produtos. Caberá ao GS1 DataMatrix a captura automática dos dados para armazenamento e transmissão eletrônica necessários para acompanhar o trajeto que os medicamentos percorrem no Brasil. A agência entende que a ferramenta garantirá suporte, automação e visibilidade ao rastreamento de remédios, além de permitir a integração dos sistemas de informação.

Isso é possível porque, ao contrário do código de barras comum, que contém apenas o número de identificação do produto, o código bidimensional também armazenará informações variáveis como lote, validade e número serial, o que permitirá todo o trasteamento e controle na cadeia logística. Todas as informações reunidas são chamadas de Identificador Único de Medicamento (IUM), que estará em cada unidade de medicamento comercializada.

Além de permitir uma gestão mais eficaz dos riscos na cadeia dos produtos farmacêuticos e dar ao consumidor a garantia de segurança, o código vai permitir identificar fontes de desvios de qualidade e reduzir os custos logísticos dos fabricantes. “A preocupação com a segurança do paciente e a autenticidade dos medicamentos se torna cada vez mais presente em todo o mundo, e a rastreabilidade é uma ferramenta essencial para ajudar a enfrentar esta situação. A identificação única do item por meio do código de barras é a base do processo”, destaca o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira.

Identidade única - A GS1 Brasil - Associação Brasileira de Automação incorporou o número do registro da Anvisa em seus padrões globais de automação. Este número é parte do IUM – Identificação Única do Medicamento, que é uma espécie de RG dos medicamentos, correspondente a cada unidade a ser comercializada no território brasileiro.

Antes da padronização, o número do registro na Anvisa não poderia ser codificado e interpretado mundialmente; agora, possui regras de formatação seguindo o que é adotado em todo o mundo. O IUM é formado pelo número do registro do medicamento junto à Anvisa, e contém, além do número serial, a data de validade e o número do lote. Essas informações ficarão armazenadas no código de barras bidimensional DataMatrix. O mercado também adicionará nesta combinação o GTIN, número do código de barras do produto que há anos já é utilizado em toda a cadeia.


Autor: Cristine Pires
Fonte: Cristine Pires
Autor da Foto: Douglas Luccena

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581