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22/12/2014

778 médicos farão o exame da SBOT para que possam ter o título de especialista

Exame é tão completo que várias outras sociedades médicas se pautaram por ele para montarem suas provas

Será nos dias 8, 9 e 10 de janeiro, no Royal Palm Plaza, de Campinas, no interior de São Paulo, o exame para concessão do título de especialista para os 778 candidatos inscritos para a prova, junto à Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT.

O exame, considerado um dos mais completos das sociedades médicas de especialidade, terá esse ano, além das provas escrita, prática, de habilidade, física e oral, uma nova prova, de ‘Atitude’. Nesta última, os examinadores vão verificar como o médico aborda o paciente, como faz para deixa-lo à vontade e a forma e o conteúdo das perguntas, que são essenciais para um diagnóstico correto.

Para a prova de ‘Atitude’ e também para a prova ‘Física’, a SBOT conta com o apoio do Exército Brasileiro, que tradicionalmente oferece soldados para serem examinados. Sorteada a questão, o candidato a ortopedista é informado de que o ‘paciente’ se queixa de uma dor no fêmur, por exemplo, e cabe ao examinando fazer o exame físico como se o soldado fosse efetivamente um paciente.

O presidente da SBOT, professor Arnaldo Hernandez, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, explica que o exame para concessão de título de especialista é tão completo, que 420 ortopedistas do Brasil inteiro foram selecionados para atuarem como examinadores. “É que ao conceder o título de ortopedista, a SBOT certifica para a sociedade brasileira que aquele médico foi adequadamente formado, domina totalmente a especialidade e está plenamente capacitado a atender e operar os pacientes com a mesma qualidade dos médicos do primeiro mundo”.

O exame da SBOT é tão completo que várias outras sociedades médicas se pautaram por ele para montarem suas provas e só são aceitos como candidatos os médicos que cursaram um dos 151 serviços credenciados pela Sociedade para a formação de novos ortopedistas. Este ano o TEOT é coordenado por Oswaldo Guilherme Nunes Pires, presidente da Comissão de Ensino e Treinamento da SBOT.

Preocupação com o futuro

O cuidado com que a SBOT criou e desenvolveu ao longo de várias décadas sua prova de título, cuja importância é reconhecida internacionalmente, faz com que o presidente da instituição se preocupe com a nova política do Ministério da Saúde, quando foi anunciada a pretensão de tirar a atribuição de concessão do título das sociedades de especialidade e assumir essa responsabilidade.

Arnaldo Hernandez diz que a notícia causou perplexidade entre os profissionais da Saúde. É que, na ausência de qualquer argumento ou de debate técnico do assunto, sem qualquer preocupação democrática ou consulta às sociedades de especialidade, que há mais de 30 anos respondem pela concessão dos títulos, e sem consultar sequer a Associação Médica Brasileira. “Surge a notícia como uma decisão autoritária, a ser imposta de cima para baixo, sem qualquer diálogo, explicação ou consulta aos representantes das várias categorias profissionais, dando a clara impressão de que há outros interesses envolvidos”.

O presidente da SBOT lembra que não é a primeira vez que este governo atua dessa forma, e lembra o recente caso do ‘Mais Médicos’. Quando, ao arrepio do que defendem os médicos, que lutam por mais infraestrutura e condições de trabalho, Brasília preferiu a solução simplista de contratar médicos no exterior, para dar a impressão de que o problema foi resolvido. Na última campanha eleitoral anunciam a vinda de “especialistas” do exterior! Com qual formação ou Titulação?

A maior prova de que o ‘Mais Médicos’ não resolveu as carências existentes, diz ele, são as ambulâncias que, às centenas, continuam a cada manhã levando pacientes de pequenas cidades do interior para serem operados nos hospitais das cidades mais importantes. Sem infraestrutura ou equipamentos para diagnóstico de imagem e salas cirúrgicas, os médicos festivamente levados para as cidades mais distantes continuam sem condições de reduzir uma simples fratura. A opção é continuar transportando os pacientes por distâncias de até mais de 100 quilômetros, para que aguardem na fila dos poucos hospitais devidamente equipados e sabidamente superlotados.


Autor: Redação
Fonte: DOC

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