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Rodízio de água em São Paulo e os impactos na saúde da população
 
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24/02/2015

Rodízio de água em São Paulo e os impactos na saúde da população

Infectologista explica que a restrição de água influencia na manutenção da saúde e pode gerar doenças graves

Há alguns meses, os moradores de São Paulo convivem com a possibilidade de um rodízio de água na cidade. Se implementado pelo governo paulista na área atendida pelo sistema Cantareira, pelo menos 5 milhões de pessoas ficarão com as torneiras secas, acarretando inúmeros problemas. Assim como o ar, a água é uma das substâncias mais importantes para a manutenção da vida, já que é fundamental para a saúde e adequação higiênica de seres humanos e demais espécies animais.

De acordo com o infectologista do Hospital Villa-Lobos, Claúdio Gonsalez, a falta de água tem um impacto direto na preservação da saúde da população. Sem ela ou com sua escassez, os domicílios, estabelecimentos alimentícios e de saúde não terão como garantir condições adequadas de higiene e limpeza nos serviços prestados, potencializando sérios riscos à saúde da população.

Com medo de ficarem sem água, muitos moradores armazenam a água da chuva, que é imprópria para beber, tomar banho ou cozinhar alimentos. Apesar de o armazenamento ser de fundamental importância, não só em períodos de escassez, o infectologista ressalta que algumas precauções devem ser tomadas. Durante a coleta, essa água passa por superfícies como telhados, calhas e condutores não higienizados, e a sujeira neles existente é coletada e armazenada juntamente com a água. Como ela não será tratada, poderá ser contaminada por bactérias, protozoários e demais germes que causam diversas doenças sistêmicas ou de pele. Além disso, produtos químicos presentes nessas superfícies também contaminam a água, podendo causar mais problemas de saúde.

Assim como a coleta deve ter alguns cuidados, o seu armazenamento também precisa ser cuidadoso. “Deveremos, em primeiro lugar, utilizar reservatórios devidamente pré-higienizados e desinfetados, garantindo que o recipiente não tenha sido utilizado previamente para o armazenamento de produtos tóxicos ou “venenosos”. Além disso, esses recipientes deverão ser mantidos em lugar seguro, abrigado das intempéries climáticas, longe de fontes poluidoras, dos animais e sempre muito bem tampados para evitar a deposição de ovos de insetos (como os vetores da dengue) ou a contaminação por germes e/ou poluentes”, explica o especialista. Mesmo não proporcionando água tratada para a ingestão, a água da chuva é um recurso valioso para utilização em banheiros, higienização de pisos e calçadas, irrigação de jardins, lavagem de roupas, entre outras atividades.

Com a crise de água, muitas pessoas também estão economizando na higienização de alimentos e até mesmo na ingestão do líquido. Porém, a higiene pessoal, de ambientes e alimentos, e o tratamento de água e esgoto são indispensáveis para garantir a saúde da população. A ingestão de alimentos mal higienizados, como frutas e verduras, aumenta o risco de doenças infecciosas, principalmente digestivas, provocadas por parasitas. Sobre a diminuição da ingestão de água por conta da escassez, o médico alerta: “Esperamos que o desabastecimento de água não seja suficiente para causar desidratação na população. Se isso ocorrer, teremos uma catástrofe pública. Todo o equilíbrio do organismo fundamenta-se na adequada hidratação. A desidratação promove o colapso do organismo, podendo levar à morte antes mesmo de se contrair uma doença infecciosa”.


Autor: Ana Letícia Bomfim
Fonte: Ecco Press

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