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Como as crianças encaram a recuperação de um câncer ósseo
 
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02/03/2015

Como as crianças encaram a recuperação de um câncer ósseo

Missão de explicar a uma pessoa que ela está doente e ajudá-la a se recuperar pode ser um pouco mais fácil quando lidamos com a leveza da infância

O câncer ósseo ou tumor ósseo é uma das doenças mais antigas registradas pela humanidade e, com a evolução das tecnologias em diagnóstico e tratamentos, vem gerando maior interesse por parte da comunidade.

O interesse cresce ainda mais ao constatar que as crianças são as principais vítimas deste tipo de câncer, sendo que o joelho, o ombro e o quadril são as partes do corpo mais afetadas por terem maior multiplicação celular.

Apesar de o principal desafio nesta especialidade ser diminuir o tempo gasto para identificar o tumor, já que segundo o especialista em oncologia ortopédica, Marco Mercadante, o tempo médio para se diagnosticar a doença no Brasil é de seis meses, o índice de sobrevida de crianças que apresentam este tipo de câncer é de 65% e o desafio passa a ser ensiná-las a lidar com uma doença que muitas vezes não conseguem compreender.

As crianças são capazes de se adaptarem rapidamente ao tratamento e na maior parte das vezes se recuperam de forma surpreendente, mesmo depois de conviverem com uma série de restrições impostas pelo quadro clínico e a rotina hospitalar.

Exemplo de superação

Matheus dos Santos Reis, de sete anos, de Aparecida-SP, é um exemplo de como as crianças surpreendem quando o assunto é recuperação. Diagnosticado aos 3 anos com um tumor ósseo na perna, pouco tempo após a amputação do membro já estava convivendo bem com sua nova realidade.

Hoje ele esbanja alegria, força de vontade, pratica esportes e deixa a mãe Tatiane Maria dos Santos Reis, de 27 anos, cheia de orgulho.

“Matheus foi diagnosticado com câncer ósseo aos três anos após quebrar a perna e desde que soubemos da possibilidade de amputação ele encarou tudo de forma muito leve. Aproveitamos o fato de ele ainda ser pequeno para explicar de forma bem lúdica o que estava acontecendo com ele”, conta Tatiane.

“Dez dias depois de sair do hospital já estava tentando pular a janela, mesmo com o médico afirmando que ele poderia ficar na cadeira de rodas por aproximadamente três meses até se adaptar. Ele dizia que a perna dele era como a dos Transformers quando começou a usar a prótese”, a mãe brinca.

Tatiane não mediu esforços para acompanhar o filho, encontrar a melhor forma de ajudá-lo a entender a doença e estar próxima e ele. Atuou como enfermeira ao longo do tratamento de Matheus e hoje, após a recuperação, trabalha como professora na Educação Infantil.

Dentre algumas das diversas atividades desenvolvidas pelo menino, estão o futebol e a capoeira.

“Ele não se deixou abater.”



Mais sobre o câncer ósseo

Assim como os demais tipos de câncer, os tumores ósseos também são doenças derivadas do crescimento anormal de células em alguma parte do esqueleto e/ou dos tecidos que o recobrem.

Podem ser primários, quando se desenvolvem originalmente no próprio tecido musculoesquelético, ou secundários, quando provêm de algum outro tumor que se espalhou – processo conhecido como metástase.

As lesões primárias ocorrem com mais frequência em crianças, adolescentes e adultos jovens, sobretudo do sexo masculino, tendo apresentações que variam conforme a célula envolvida, o tecido vizinho acometido e a área óssea afetada. O sintoma inicial do câncer de osso é o surgimento de dor na parte envolvida, que começa leve, melhora com analgésicos e aos poucos vai aumentando, tanto na intensidade quanto na duração, até se tornar persistente. Além da dor, metade dos portadores apresenta inchaço no local do tumor.

Como as causas dos tumores ósseos primários são desconhecidas, não há nenhuma medida de prevenção primária, ou seja, que as pessoas possam adotar por si próprias para evitar a doença.

Para quem tem casos na família, no entanto, é recomendável manter um acompanhamento médico mais estrito, a fim de rastrear lesões suspeitas ainda no começo. Por sua vez, quem já teve um câncer curado em algum outro órgão, principalmente em mama, pulmão, rim, próstata e tiroide, não pode abrir mão de fazer as consultas e os exames de rotina, nos intervalos estabelecidos pelo oncologista. Esse cuidado não evita o surgimento de novos focos, mas torna possível identificar qualquer alteração ainda em seu estágio inicial.


Autor: Redação
Fonte: Código BR
Autor da Foto: Divulgação Código BR

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