Na semana da Páscoa, uma boa notícia: chocolate faz bem para o coração. Pesquisas revelam que o consumo do alimento reduz em um terço o risco do desenvolvimento de doenças cardíacas. Entretanto, alerta a Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul (SOCERGS), é preciso ter cautela e optar pelas variedades com baixos índices de açúcar e maior concentração de cacau.

De acordo com a presidente da SOCERGS, Carisi Anne Polanczyk, o chocolate amargo é a opção mais benéfica para o sistema cardiovascular. “Proporciona melhorias no fluxo arterial, evita a obstrução dos vasos sanguíneos, a coagulação das plaquetas e diminui os níveis de colesterol ruim (LDL)”, explica a cardiologista. Contribui ainda para evitar derrames e infartos, já que diminui a pressão arterial. Com a ingestão do alimento, a probabilidade de acidente vascular cerebral (AVC) é reduzida em 29%.

Carisi ressalta que os amargos e meio amargos, devido à maior concentração de cacau (90% e 70% respectivamente), apresentam grande quantidade de flavonóides, substância antioxidante que protege o organismo dos radicais livres. Já chocolates brancos, por exemplo, são mais doces e, por consequência, têm menos benefícios.

A imensa maioria dos chocolates comercializados possui altos índices de gorduras saturadas, tornando-se muito calóricos. Por isso, a presidente da SOCERGS sugere o consumo moderado. “Para ter benefícios para o coração, deve-se discutir a quantidade ideal com o médico assistente”, diz Carisi.