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Hospital Geral de Caxias pode cortar pessoal e atendimentos para compensar perdas
 
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06/05/2015

Hospital Geral de Caxias pode cortar pessoal e atendimentos para compensar perdas

Ainda não há data para medidas serem adotadas, mas a administração afirma que se o problema continuar será preciso demitir funcionários e fechar leitos

Mais de 136 mil atendimentos podem ser cancelados no Hospital Geral de Caxias do Sul caso o Governo não volte atrás quanto ao corte no repasse de verbas aos hospitais filantrópicos e santas casas gaúchas. A previsão é que com menos dinheiro vindo do estado, seja necessário demitir pessoal e fechar leitos.

O diretor geral, Sandro Junqueira, exemplifica que apenas nos procedimentos de média complexidade haveria uma redução de 42% nos atendimentos, o que corresponde a 346 internação por mês ou 4.150 em um ano. Na área ambulatorial o impacto é ainda mais impressionante: será preciso reduzir mais 11 mil atendimentos ao mês e 132 mil por ano.

O Hospital Geral atende apenas pacientes do SUS. Por isso, não tem como compensar as perdas realocando leitos para planos de saúde ou particulares. Por isso, Junqueira explica que pode ser necessário fechar leitos (uma ala de enfermaria, por exemplo). Com menos trabalho, a consequência natural é a demissão de funcionários.

— Havendo esse corte (nas verbas recebidas), o hospital tem que fazer ajustes na administração, com corte de pessoal, redução de leitos. É preciso várias ações para equilibrar a situação. Persistindo esse problema, haverá sim corte de pessoal — revela o diretor.

Não há prazo ou previsão de quantas pessoas podem perder os empregos. Por enquanto, o HG tenta minimizar o prejuízo cortando gastos. Porém, Junqueira lembra que a instituição depende dos repasses municipais, estaduais e federais para manter o atendimento e por isso qualquer queda no repasse impacta profundamente nas finanças do hospital.

Faixas e serviços gratuitos

Nesta quarta-feira, os hospitais Pompéia e Geral cancelaram atendimentos eletivos - somente no HG deixaram de ser realizadas 104 consultas e 610 procedimentos eletivos - e ofereceram serviços gratuitos em frente aos prédios, como medição de pressão e sinais vitais. Também foram distribuídos folderes explicando o problema enfrentado pelas instituições filantrópicas, instaladas faixas e balões pretos em protesto contra o corte de recursos.

A ação é uma preparação para a próxima quarta-feira, dia 13. Nesse dia, os hospitais filantrópicos e santas casas do estado preparam uma grande mobilização em Porto Alegre para exigir uma solução do Governo. Para agosto está prevista uma mobilização nacional. Em todo o país são 1.753 hospitais filantrópicos, responsáveis por mais da metade dos atendimentos pelo SUS no país.

A principal reivindicação dos hospitais é a retomada do repasse do Incentivo de Cofinanciamento da Assistência Hospitalar (IHOSP), cofinanciamento criado pelo estado em 2008 para complementar o orçamento das instituições, reduzindo o impacto da defasagem da Tabela SUS. O valor entregue pelo estado passou de R$ 13 milhões para R$ 250 milhões no ano passado. R$ 300 milhões foram previstos no orçamento 2015, cancelados posteriormente. Até agora os hospitais não receberam o valor referente a outubro e novembro de 2014.


Autor: Rozana Ellwanger
Fonte: Zero Hora
Autor da Foto: Roni Rigon

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