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07/09/2009

Terapia VNS

Nova terapia é esperança para pacientes com epilepsia refratária

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existem no mundo 50 milhões de portadores de epilepsia. No Brasil, cerca de dois milhões de pessoas sofrem com a doença, que pode ser controlada com medicamentos em cerca de 70% dos casos. Quando não é possível fazer o controle com medicação, a doença é chamada de epilepsia refratária (quando a doença está localizada em uma área delimitada do cérebro). Nestes casos, que são considerados graves, a indicação de tratamento é cirúrgica. A técnica mais moderna é a Terapia VNS (sigla em inglês para Estimulação do Nervo Vago), desenvolvida com a ajuda de um marcapasso, que serve para fazer a estimulação do nervo vago. “A técnica ajuda a reduzir as crises de epilepsia quando a cirurgia tradicional não é indicada”, revela o neurocirurgião do Instituto de Neurologia de Curitiba (INC), Dr. Murilo Meneses.

Sem precisar fazer a cirurgia no cérebro, a Terapia VNS é uma estimulação do nervo vago esquerdo do pescoço, que é feita por um pequeno disco (marcapasso) implantado sob a pele, abaixo da clavícula esquerda, próximo da axila. “A estimulação é feita no lado esquerdo, pois nesta área existem mais fibras de ligação com o cérebro”, detalha o neurocirurgião. Também são implantados dois minúsculos fios no pescoço, sob a pele, que são ligados ao marcapasso para levar o impulso até o nervo vago. O Dr. Murilo Meneses explica que a cirurgia é simples, as cicatrizes são praticamente imperceptíveis e o tempo de recuperação é menor. O aparelho deixa apenas uma pequena protuberância no peito. “Os benefícios do procedimento são visíveis ao longo dos dois primeiros anos. O marcapasso permite que, gradualmente, ocorra uma redução nas crises de epilepsia, e em alguns casos, pode acontecer a suspensão dos medicamentos”, esclarece o médico.

Duas semanas após a cirurgia, o aparelho é ligado e programado para enviar os impulsos elétricos automaticamente para o cérebro. “O marcapasso funciona 24 horas por dia e a quantidade destes impulsos podem variar de acordo com a necessidade de cada paciente”, conta o neurocirurgião. A durabilidade de um aparelho pode chegar a 11 anos. A terapia pode causar algumas reações, as mais comuns são: rouquidão temporária ou mudanças no tom de voz, tosse, pequeno desconforto na garganta e falta de ar. “Entretanto, quando estes efeitos ocorrem, geralmente diminuem com o passar do tempo”.

Entenda a epilepsia

A epilepsia acontece por desordens nas descargas elétricas nos neurônios que se propagam por todo o cérebro. A doença costuma se manifestar por crises epiléticas, nas quais o indivíduo pode se mostrar apenas “desligado” ou ter convulsões. Além das crises, o paciente costuma ter perda de memória, dificuldade de raciocínio e de concentração.

Na maioria dos casos, não existe uma predisposição genética para a doença. “A epilepsia pode ter várias causas como tumores cerebrais, infecções do sistema nervoso, alterações vasculares e traumatismos cranianos”, diz Dr. Murilo Meneses. Dificuldades no parto, que possam causar falta de oxigenação no cérebro, e a cisticercose, que é causada pela ingestão de alimentos contaminados com ovos de taenia solium, são fatores que frequentemente também provocam epilepsia.

Unidade de Cirurgia de Epilepsia

O Instituto de Neurologia de Curitiba possui uma unidade especializada em Cirurgia de Epilepsia, com especialistas de plantão 24 horas como neurocirurgiões, neurologistas, epileptologistas, neuropsicólogos, psiquiatras, imaginologistas entre outros. “Ter uma equipe multidisciplinar é fundamental, pois a doença tem vários aspectos que precisam ser tratados como um todo”, considera.
 


Autor:
Fonte: Expressa Comunicação

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