A prefeitura mantém até sexta-feira, 3 de julho, a campanha de vacinação contra a gripe para os grupos prioritários, com ênfase naqueles que não atingiram a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde (80%), que são as crianças e as gestantes em qualquer período gestacional. Na sexta-feira, haverá reunião para definir a continuidade ou não da campanha na Capital.

Foram imunizadas, até 26 de junho, 51.288 crianças (67,31% da meta) e 14.824 gestantes, o que corresponde a 70,44% da meta. Os demais grupos - trabalhadores da saúde, idosos, indígenas e puérperas (mulheres que tiveram bebê há menos de 45 dias) superaram a meta de 80%. No total de imunizados, a Capital vacinou 83,22% da meta. No Rio Grande do Sul, foram registradas três mortes por Influenza neste ano, sendo um óbito registrado em Porto Alegre, de morador de Viamão. Nenhuma das três pessoas foi imunizada.

Crianças e gestantes - A manutenção da vacinação atende orientação do Ministério da Saúde e busca diminuir as complicações e internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da Influenza, na população-alvo para a vacinação. As salas vacinais dos postos de saúde atendem das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. A chefe do Núcleo de Imunizações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Patrícia Wiederkehr, destaca que a vacinação das crianças e gestantes é muito importante, visto que com a chegada do inverno, aumentam os casos de gripe. "O objetivo da campanha de vacinação é reduzir a incidência de complicações e consequentemente o número de óbitos, por isso trabalhamos para atingir a meta mínima de 80% em cada grupo prioritário", afirma. Pessoas dos outros grupos que ainda não foram vacinados também podem procurar os postos de saúde.

Sobre o vírus – A gripe, ou Influenza, é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar a complicações graves e à morte, especialmente nos grupos de alto risco para as complicações da infecção (crianças menores de cinco anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais). É transmitida por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto à boca, olhos e nariz. A transmissão é muito elevada em ambiente domiciliar, creches, escolas e em ambientes fechados ou semifechados, por isso a recomendação de manter ambientes ventilados.

O período de incubação dos vírus Influenza varia entre um e quatro dias. Os sinais e sintomas da doença são muito variáveis, podendo ocorrer desde a infecção assintomática, até formas graves. Frequentemente, é caracterizada por início abrupto dos sinais e sintomas – febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios (tosse seca, dor de garganta e coriza), que persistem por alguns dias, sendo a febre o mais importante.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Influenza acomete entre 5% e 15% da população, causando de três acinco milhões de casos graves e de 250 mil a 500 mil mortes todos os anos. Os dados da OMS colocam 1,2 bilhão de pessoas em risco elevado para complicações da Influenza: 385 milhões de idosos acima de 65 anos de idade, 140 milhões de crianças e 700 milhões de crianças e adultos com doenças crônicas.