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Programa rastreia hipertensão em países emergentes
 
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01/09/2015

Programa rastreia hipertensão em países emergentes

Objetivo é construir um banco de dados nacional que reflita de fato os valores da pressão arterial na população brasileira

A pesquisadora brasileira Eugênia Velludo Veiga, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, e sua colega canadense Lyne Cloutier, da Université du Québec à Trois-Rivières (UQTR), trabalham no projeto Rastreamento da hipertensão arterial em países emergentes para reduzir os problemas cardiovasculares no Brasil, Haiti e Camarões. No Brasil, o objetivo é construir um banco de dados nacional que reflita de fato os valores da pressão arterial na população brasileira. Para isso, os pesquisadores já iniciaram os trabalhos com a fase preliminar do projeto que ocorreu em abril deste ano, junto à Campanha Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, comemorada no dia 26 de abril.

Durante essa Campanha Nacional, colocaram em prática projetos elaborados especificamente para três cidades brasileiras: Ribeirão Preto, Franca e São Paulo. Antes de colocá-los em prática, a pesquisadora informou que realizaram treinamentos por videoconferência, principalmente para atualizar os profissionais que medem a pressão arterial, em especial quanto aos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Também lembraram de cuidados extras que se deve ter, como a calibração dos aparelhos.

Somente nessa primeira ação, em abril, das 204 pessoas avaliadas 35% apresentaram pressão arterial elevada no momento da medida e, destas, 25% desconheciam a presença da hipertensão. Os trabalhos, realizados nas três cidades paulistas, mobilizaram alunos de graduação e pós-graduação e profissionais de instituições de saúde, que chegaram à população em parques e terminais rodoviários, esclarecendo sobre a doença silenciosa e medindo a pressão arterial dos populares.

A ação de abril contou com a colaboração dos professores Luiz Aparecido Bortolotto, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e diretor da Unidade de Hipertensão Arterial do Instituto do Coração (INCOR) da USP, Maria Claudia Irigoyen, da FMUSP e Presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), Leila Maria Marchi Alves e Simone Godoy, ambas da EERP, Evandro Cesarino, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, Cynthia Bachur, da Universidade de Franca (UNIFRAN), Frida Plavnik (SBH), Carlos Alberto Machado, Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), alunos de graduação e pós graduação e profissionais de instituições de saúde.

Rastreamento

Antecipa a pesquisadora que o “foco do rastreamento está tanto na comunidade quanto na atualização dos profissionais que estão envolvidos” e que essas ações devem ser estendidas para outros estados brasileiros em breve. Elegerão, para isso, datas comemorativas, “relacionadas a doenças cardiovasculares, junto com as sociedades especialistas, como por exemplo: sociedades brasileiras de cardiologia, de hipertensão e a estadual de nefrologia (que promove do Dia do Rim)”.

O projeto de rastreamento da hipertensão arterial é financiado pela Agência Universitária da Francofonia (AUF), associação fundada no Canadá que financia projetos universitários de ensino e pesquisa. Ele integra um projeto maior do grupo internacional de pesquisadores e especialistas em hipertensão arterial — o Blood Pressure Screening Programs Groups, liderado pelo também canadense professor Norm Campbell, da Universidade de Calgary.

O grupo foi criado em 2013 pela Liga Mundial de Hipertensão – World Hyperthension League (WHL), com sede nos EUA. As representantes do Brasil e Canadá, respectivamente, nesse grupo de especialistas em hipertensão, são as professoras Eugênia e Lyne. E o objetivo do grupo é aplicar, em outros países, a experiência canadense bem sucedida em rastreamento da hipertensão arterial.

Segundo a professora brasileira, o Canadá “foi bem sucedido porque identificaram muitas pessoas com pressão arterial elevada; aumentaram a taxa de controle da pressão e, consequentemente, reduziram as taxas de mortalidade cardiovascular a custo baixo”. Perseguindo o mesmo objetivo para a população brasileira, diz a pesquisadora que querem “identificar o valor alterado da hipertensão e mandar tratar”. Ela adianta que já participam do projeto nacional várias universidades brasileiras, com um Comitê Consultivo Brasileiro vinculado à Liga Mundial de Hipertensão.

Em junho último, a professora Eugênia e a pesquisadora da EERP, Ana Carolina Queiroz Godoy Daniel (aluna de doutorado da EERP), estiveram na Universidade du Québec, juntamente com a professora Lyne, atuando no projeto de rastreamento da hipertensão. E a cooperação entre a EERP e a UQTR, afirmam as pesquisadoras brasileiras, “está rendendo bons frutos”, com estágios de alunos da USP de Ribeirão na Universidade canadense.


Autor: Redação
Fonte: USP

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