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O frio influencia no aumento de casos de cistite?
 
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02/09/2015

O frio influencia no aumento de casos de cistite?

Urologista do Centro Clínico Gaúcho, Rodrigo Amaral, responde essa e outras dúvidas

A cistite é o termo que descreve um conjunto de sintomas caracterizados por dor ao urinar, aumento da frequência urinária, urgência em urinar e dores no baixo abdômen. Estes sintomas são classicamente associados à infecção por bactérias, embora outras causas também possam determiná-los. “A cistite bacteriana é a infecção mais comum no mundo inteiro e estima-se que é o motivo de mais de sete milhões de consultas médicas ao ano”, explica o urologista do Centro Clínico Gaúcho Rodrigo Amaral.

Nos dias frios, este incômodo parece surgir de forma mais repentina na rotina de muita gente. Mas afinal, o frio influencia no aumento de casos de cistite? Segundo o urologista, não há uma relação causal direta, mas certos comportamentos fazem aumentar os casos. “Durante o frio, as pessoas costumam ingerir menos líquidos e diminuir a quantidade de micções ao longo do dia. Além disso, há uma diminuição da resistência imunológica. Tudo isso pode contribuir para uma maior incidência de cistites”, observa Amaral.

A história de que ficar de pés descalços no frio também é um agravante não passa de lenda. “Essa relação não tem comprovação científica”, esclarece o médico. Contudo, a bexiga possui características comportamentais de resposta a estímulos ambientais: é comum um desejo de urinar quando se coloca o pé no piso frio, por um mecanismo reflexo.

Abaixo, o urologista responde outras dúvidas sobre o problema.

Como as cistites são classificadas?

As cistites podem ser classificas de acordo com sua causa, sua recorrência e sua gravidade. Na prática clínica, é importante diferenciar as cistites que acometem somente a bexiga (em geral não associadas a fatores de gravidade, que tem portanto baixo potencial de complicação) das cistites que se associam com outros fatores clínicos e podem acometer os rins, estas sim de maior capacidade de complicação e de dano ao aparelho urinário.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento?

O diagnóstico das cistites não complicadas podem ser feitos somente pelos sintomas clínicos de forma bastante fidedigna, principalmente se associados à análise comum de urina, dispensando a confirmação pelo exame de urocultura. Este por sua vez determina a presença da infecção, pela análise do crescimento de bactérias em uma amostra de urina, mas leva de 48h à 72h para obter-se o resultado, e pode ser dispensado nos casos mais comuns, visando instituir o tratamento precoce. O tratamento é feito com a prescrição de antibióticos, que tenham características especificas, como capacidade de concentrar-se na urina e boa capacidade de eliminar as bactérias que mais comumente causam as infecções urinárias.

Por que as mulheres têm mais incidência da infecção?

Estima-se que em torno de 50% das mulheres terá um episódio de infecção urinaria durante sua vida. O principal fator deve-se ao fato de que a uretra feminina, canal que separa a entrada da bexiga do meio externo, é muito mais curta do que a masculina, e mais próxima da região anal, favorecendo a entrada das bactérias para o interior da bexiga.

Alimentos, como o cranberry, ajudam a evitar e tratar a cistite? Existem outros alimentos benéficos para o sistema urinário?

Não existem estudos conclusivos e bem conduzidos que permitam aos médicos recomendar rotineiramente o uso de cranberry ou qualquer outra substância, como D-manose ou probióticos a base de Lactobacillus. É importante a discussão do paciente com seu médico, para verificar se no seu contexto clínico, é apropriado o uso destas medidas suplementares.

Veja algumas dicas do Dr. Rodrigo Amaral para evitar a ocorrência de cistites:

- Consumir boas quantidades de líquidos diariamente, principalmente água e sucos naturais
- Urinar após a relação sexual para eliminar as bactérias que podem ter sido levadas à bexiga
- Evitar reter a urina na bexiga por muito tempo
- Nos casos femininos, não usar absorventes internos e trocar os externos com frequência
- Preservar-se de roupas íntimas muito apertadas e que evitam a transpiração
- Após a evacuação, realizar a higiene sempre no sentido da frente para trás. 


Autor: Adriano Pinzon Garcia
Fonte: Prática

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