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Bebês prematuros pedem cuidados especiais
 
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24/07/2018

Bebês prematuros pedem cuidados especiais

Temperatura corporal e imunidade da criança merecem atenção especial

Uma gestação normal dura entre 37 e 42 semanas. Entretanto, vários fatores podem anteceder o nascimento do bebê, como idade da mãe, hipertensão arterial, diabetes, infecção urinária durante a gravidez, má formação do feto e parto cesariana. Segundo o pediatra Sylvio Barros, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, a criança que nasce antes da hora não está tão desenvolvida para lidar bem com os estímulos externos e precisa de cuidados extras do hospital e dos pais - desde o momento da amamentação até a hora de dormir.

De fato, os pais costumam ter diversas preocupações com os bebês que nascem antes do previsto. De acordo com um estudo feito em 2015 pela Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Prematuros com 130 pais de prematuros, 32% dos pais se preocupam com os problemas respiratórios nessa fase, enquanto 13% têm medo de complicações neurológicas em seus bebês.

Por isso, o Minha Vida pediu a especialistas que esclarecessem as principais dúvidas relacionadas ao cuidado com o bebê prematuro.

Vínculo com a mãe

Após o nascimento, o bebê prematuro pode precisar passar dias, semanas ou até mesmo meses na UTI neonatal, o que pode prejudicar o vínculo afetivo com os pais. Muitos hospitais oferecem alternativas a esse distanciamento. "Cada vez mais maternidades têm usado o "método canguru" para estimular o contato entre mãe e filho", aponta o pediatra Sylvio. O procedimento é simples e consiste em manter a criança em contato pele a pele no peito do adulto pelo maior período de tempo possível.

Além da ligação com a mãe, o método estimula o sistema sensorial do recém-nascido, eleva a oferta do leite materno - diminuindo os riscos de contrair infecções - e ainda ajuda no controle térmico do bebê. O profissional alerta, entretanto, que a aplicação do método canguru depende da gravidade do caso da criança e apenas um médico poderá autorizá-lo.

Amamentação

Uma das grandes dificuldades do prematuro em relação à amamentação é a falta de reflexo e força para sucção, além da prematuridade de seu sistema digestivo. Mesmo assim, apesar de nem sempre poder mamar diretamente no peito logo que nasce, o bebê não deve ser, de forma alguma, privado desse alimento tão nutritivo. "Recomendamos que a mãe faça o bombeamento do leite não só para alimentar a criança, mas também para impedir que ele seque, pois mais para frente o bebê poderá ser amamentado da forma tradicional", aponta o pediatra e neonatologista Jorge Huberman, do Instituto Saúde Plena e do Hospital Albert Einstein. Se não houver tal estímulo, o corpo da mãe entenderá que o leite não precisa mais ser produzido.

Peso

O peso do bebê prematuro é uma preocupação constante para pais e médicos. "Ele é um dos pré-requisitos para o início da amamentação direto no peito, o começo da vacinação e o recebimento da alta do hospital" afirma o pediatra Jorge Huberman. A criança só poderá sair do hospital quando passar dos 1.900 gramas. Por isso, além de receber cuidados médicos especiais, ela será alimentada com pequenas doses de leite materno e soro. Conforme o tempo passar, a quantidade de leite será aumentada e a de soro reduzida até que a alimentação torne-se exclusiva de leite.

Moleira

De acordo com o pediatra Sylvio Barros, a fontanela bregmática, conhecida como moleira, é uma abertura provisória dos ossos que formam a calota craniana. Com o tempo, ela vai se fechando até a oclusão total, que ocorre em torno de 18 meses. Essa espécie de membrana requer os mesmos cuidados que um bebê normal precisa: atenção para evitar traumatismos e pressões muito fortes no local.

Temperatura

A temperatura média corporal de um bebê prematuro costuma ser mais baixa do que a de um bebê de nove meses. "Embora ele nasça com mais pelos pelo corpo, uma estratégia natural para mantê-lo aquecido, o seu sistema nervoso central ainda não está totalmente desenvolvido e, por isso, a regulação da temperatura torna-se uma tarefa difícil", afirma o pediatra Jorge. Por isso, é fundamental agasalhar bem o prematuro para mantê-lo aquecido. Só não exagere. O superaquecimento da criança também é prejudicial.

Sono

Até pouco tempo atrás, acreditava-se que a melhor posição para colocar o bebê para dormir era de lado, pois isso evitava que ele se afogasse caso tivesse refluxo. Em 2009, entretanto, uma campanha do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostrou que dormir de barriga para cima reduzia em 70% os riscos de morte súbita. "O problema é mais comum entre bebês prematuros, devido à imaturidade do sistema respiratório da criança", explica o pediatra Sylvio. Por isso, procure deixar o bebê virado para cima e vigiar as primeiras noites de sono fora do hospital.

Imunidade

Segundo o pediatra Sylvio Barros, quanto mais cedo o bebê nascer, menos os órgãos do prematuro estarão totalmente desenvolvidos. Ele também fica menos tempo recebendo anticorpos da mãe que o protegeriam após o parto, e é por isso que o seu sistema imunológico é bastante deficiente nos primeiros anos de vida.

Além das vacinas tradicionais, os pais devem recorrer a outras que não fazem parte da tabelinha. Algumas delas são bastante caras, mas podem ser fornecidas pelo governo gratuitamente, desde que os pais juntamente com o médico responsável pela criança façam a solicitação.

Outro ponto importante são as visitas. "Embora parentes e amigos queiram conhecer a criança, o fluxo de pessoas entrando e saindo do quarto do hospital e da própria casa deve ser o menor possível", aconselha Jorge Huberman. O pediatra também recomenda que essas pessoas higienizem as mãos com álcool antes de entrar em contato com o bebê.


Autor: Laura Tavares
Fonte: R7

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