.
 
 
Pioneiro no Brasil, Samu Porto Alegre completa 20 anos
 
Notícias
 
     
   

Tamanho da fonte:


27/11/2015

Pioneiro no Brasil, Samu Porto Alegre completa 20 anos

Para celebrar a data, representantes do Samu e de outros componentes da rede de saúde da Capital debaterão os desafios do serviço

O primeiro Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Brasil completa duas décadas de atuação nesta sexta-feira, 27. Para celebrar a data, representantes do Samu e de outros componentes da rede de saúde da Capital debaterão os desafios do serviço no auditório do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), na av. Princesa Isabel, 1116, bairro Santana. Um dos fundadores do Samu Porto Alegre, o médico epidemiologista Armando de Negri Filho, vai resgatar aspectos da história do órgão e falar sobre os direitos humanos nos atendimentos de urgência. O evento, que começa 08h30 e vai até as 17h, terá também performances artísticas de servidores do Samu. O prefeito José Fortunati e a secretária municipal adjunta de Saúde, Fátima Ali, participam da abertura da programação, às 8h30.

Foi em Porto Alegre que a sigla francesa para Serviço de Atendimento Móvel de Urgência começou a transformar os atendimentos de emergência, servindo de ponto de partida para que a atividade se espalhasse por todo o país e ganhasse status de serviço de saúde pública imprescindível. “O pioneirismo do Samu Porto Alegre abriu caminho para a multiplicação e consolidação em todo Brasil desse serviço que faz a diferença entre a vida e a morte para centenas de pessoas todos os dias”, lembra o secretário Municipal de Saúde, Fernando Ritter.

O Samu começou em 1995 com uma central acanhada, numa salinha apertada no 5º andar do HPS. Ano após ano, foram sendo criadas mais bases, distribuídas em regiões estratégicas da Capital. Hoje, são 13 bases, atuando 24h com ambulâncias básicas e UTIs móveis. O Samu tem, desde o final de 2013, uma sede própria. O serviço ocupa um prédio inteiro na av. Ipiranga, 3501. Lá está a coordenação geral e a moderna central que monitora todos os chamados, a operação das bases e o encaminhamento das vítimas à rede hospitalar. A sede também abriga uma base, alojamentos, salas para cursos de aperfeiçoamento profissional e outras atividades de qualificação das equipes. Está em planejamento a instalação de mais uma base no Centro Histórico.

Atividade intensa sete dias por semana - Só no primeiro semestre de 2015, o Samu Porto Alegre realizou 19.587 atendimentos, sendo 9.338 clínicos, 6.495 traumáticos, 1.990 psiquiátricos, 415 obstétricos e 1.385 transportes. A média mensal é de 3.300 atendimentos.

Para dar conta dessa demanda, que é crescente, o Samu opera com 312 pessoas, sendo 281 servidores municipais, incluindo 56 médicos e 129 auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem e enfermeiros. O grupo envolve também motoristas, administrativos, operadores de rádio e outras funções, algumas terceirizadas.

As equipes estão em permanente processo de qualificação, com cursos voltados para o aprimoramento da formação profissional e melhoria na qualidade e agilidade do atendimento. Por conta disso, o Samu Porto Alegre conseguiu reduzir em 12% a mortalidade por infarto agudo do miocárdio desde 2012. Também foi um dos primeiros do país a ter equipes especialmente treinadas e equipadas para atender casos suspeitos de contaminação pelo vírus Ebola.

Em 2014, a frota de ambulâncias foi renovada com a incorporação de sete novas unidades. As mais antigas foram retiradas de serviço e outras passaram a compor frota reserva, para reposição imediata em caso de pane mecânica ou acidente.

Desafio do tempo de resposta - Um dos desafios permanentes é melhorar o chamado tempo de resposta. A modernização da estrutura e a adoção de processos mais dinâmicos têm ajudado a diminuir o espaço entre o chamado e o atendimento no local. Dependendo da localização da vítima e da ambulância acionada, a equipe pode chegar em 5 minutos. Mas fatores como o trânsito e informações imprecisas de localização dadas por quem chama o serviço podem levar a uma demora maior. Outro fator que atrapalha são os trotes, geralmente aplicados por crianças, que chegam a mais de 40% dos chamados.

“Temos buscado aperfeiçoar as operações para chegar o mais rápido possível nos locais. Além do rádio e celular, as ambulâncias estão equipadas com GPS, o que ajuda muito no deslocamento e no monitoramento da posição das unidades pela cidade, permitindo uma escolha mais adequada de qual deve ser acionada naquele momento”, diz a coordenadora geral do Samu, Fabiane Tiskievicz.

Aumento da violência - Outro grande problema enfrentado pelo Samu é a crescente violência. Atendimentos em áreas dominadas pelo tráfico exigem escolta da Brigada Militar ou da Policia Civil para que as equipes médicas possam atuar em segurança. Muitas vezes, o socorro a uma vítima demora, porque a área ainda está perigosa por conta da movimentação dos criminosos e dos tiroteios. Também há casos de hostilização das equipes por parte da comunidade, que nem sempre compreende as dificuldades que os socorristas enfrentam para chegar aos locais.

Conscientização na comunidade - Para enfrentar o problema dos trotes, que congestionam o serviço de telefonia e podem prejudicar a ação das equipes em trânsito, o Samu criou o projeto Samuzinho. Uma equipe especial de socorristas visita escolas e promove ações de conscientização entre os estudantes. Além de explicar o risco que os trotes representam para o atendimento, as equipes ensinam técnicas de prevenção a acidentes e primeiros socorros. A ação tem sido tão solicitada pelas escolas, que a agenda da equipe está praticamente lotada até o final do ano.

O Samu também coordena o projeto Coração no Ritmo Certo, que promove treinamentos de reanimação cardiorespiratória para a população.


Autor: Ricardo Azaredo
Fonte: PMPA
Autor da Foto: Vinícius Ferrari

Imprimir Enviar link

Solicite aqui um artigo ou algum assunto de seu interesse!

Confira Também as Últimas Notícias abaixo!

 
 
 
 
 
 
 
Facebook
 
     
 
 
 
 
 
Newsletter
 
     
 
Cadastre seu email.
 
 
 
 
Interatividade
 
     
 

                         

 
 
.

SIS.SAÚDE - Sistema de Informação em Saúde - Brasil
O SIS.Saúde tem o propósito de prestar informações em saúde, não é um hospital ou clínica.
Não atendemos pacientes e não fornecemos tratamentos.
Administração do site e-mail: mappel@sissaude.com.br. (51) 2160-6581