Optar por um tratamento de câncer de mama pode ajudar não só a saúde da mulher como também a do planeta.
Uma terapia mais moderna se revelou mais ecológica e menos estressante para a paciente do que a tradicional em casos iniciais da doença.
Tradicionalmente, no estágio inicial da doença, a retirada do tumor costuma envolver sessões de radioterapia de 3 a 6 semanas.
Mas, quando uma mulher se locomove para receber essas sessões, está consumindo combustível fóssil derivado do petróleo. Quanto mais viagens, mais carbono gera.
Já com a técnica nova, desenvolvida por uma equipe de pesquisadores internacional e chamada Targit (terguit) em, tradução radioterapia intraoperatória direcionada, basta uma sessão de radioterapia “interna” logo depois da retirada do tumor, quando se irradia a cavidade na mama onde ele estava alojado antes do médico fechar a incisão.
Um grande estudo internacional prévio já havia demonstrado que a Targit é tão boa quanto a tradicional em pacientes diagnosticadas precocemente. A terapia mais moderna ainda é pouco disseminada, ela ainda é rara no Brasil e mesmo no Reino Unido, onde o estudo foi feito, ainda não está disponível em todos os centros.
A pesquisa tinha envolvido 485 pacientes. Já o novo estudo envolveu 22 novas pacientes que receberam a Targit em centros semirrurais. O artigo está publicado na revista “BMJ Open”.
O estudo levou em conta o percurso que as pessoas se locomovem para realizar as terapias. Deixar de viajar 491 km tira da atmosfera 86 kg de CO2.
Isso sem contar o estresse psicológico envolvido em realizar várias sessões.