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Crianças com malformações craniofaciais
 
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02/09/2016

Crianças com malformações craniofaciais

Procura por atendimento nos primeiros meses de vida, pode evitar transtornos

Uma deformidade que pode ser resolvida com tratamento nos primeiros anos de vida, a fissura labiopalatina ainda possui alta incidência em adultos no Brasil. O tratamento cirúrgico pode ser feito pelo SUS, mas a maioria dos pacientes não tem essa informação e, por ser uma deformidade facial, essas pessoas têm baixa autoestima, se isolam, não vão para escola e não trabalham.

A fissura labiopalatina é uma malformação craniofacial, onde o bebê nasce com uma abertura na região do lábio ou palato, ocasionada pelo não fechamento dessas estruturas entre a quarta e a oitava semana de gestação. Estatísticas mundiais mostram que a cada 700 nascidos vivos, 1 nasce fissurado. No Brasil, o número cai para 1 a cada 650 nascidos vivos.

Segundo o cirurgião membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, Romildo Bringel, é consenso mundial que não existe apenas um motivo ou etiologia que determine a causa da deformidade. "Eles podem estar associados a exposição da mãe durante o período gestacional à radiação, uso de drogas lícitas e ilícitas, tabagismo, estresse materno, entre outros fatores. Nos estudos realizados, observa-se que a questão nutricional tem um aspecto relevante, mães subnutridas durante a gestação, tendem a aumentar o risco de terem filhos fissurados", conta o especialista.

O tratamento

O cirurgião buco-maxilo-facial explica que são necessárias várias cirurgias, desde os primeiros meses de vida até 20/21 anos de idade. “É preciso respeitar protocolos e o crescimento facial, até o paciente ser liberado, com alta definitiva do tratamento entre os 18/22 anos. Esse paciente é atendido por uma equipe multidisciplinar formada por cirurgiões plásticos, cirurgiões buco-maxilo-faciais, otorrinolaringologistas, cirurgiões-dentistas, psicólogos, fonoaudiólogos e nutricionistas".

SUS

Um dos motivos que explicaria a alta incidência de fissuras labiopalatinas em adultos é a falta de acesso aos centros hospitalares especializados. O tratamento cirúrgico é coberto pelo SUS e essa cirurgia é enquadrada pelo Ministério da Saúde como de alta complexidade, o que diminui excessivamente o número de hospitais que podem realizar o procedimento.

No Ceará, em Fortaleza, essas cirurgias são realizadas pela ABF (Associação Beija Flor), no Hospital Albert Sabin, e na região do Cariri pela ABF Cariri. São realizadas em pacientes da região e de estados vizinhos como Pernambuco, Paraíba e Piauí, já que o Cariri faz fronteira com esses estados. "O paciente prefere se deslocar 100/150 km e vir ser atendido no Cariri do que viajar 500/600 km para ser atendido nas capitais dos seus respectivos estados", finaliza Romildo Bringel.


Autor: Redação
Fonte: Doc Press

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